À pergunta “o que é a Dieta Mediterrânica”, a maior parte dos alunos de Cláudia Viegas, nutricionista e professora na ESTeSL—Escola Superior de Tecnologia da Saúde, Instituto Politécnico de Lisboa, responde que não sabe, nem conhece os ingredientes ou pratos que fazem parte dela.Falamos de “miúdos de 17, 18 anos”, o que quer dizer que apesar do grande esforço das entidades e organismos da DGS, como realça Cláudia Viegas, “em passar informação cá para fora, em tentar que as coisas mudem”, os hábitos alimentares não estão melhores.
Podemos começar por desmistificar os “malefícios” do pão e de outros alimentos?
Se o pão for de mistura tanto melhor, se tiver uma fermentação mais lenta, melhor ainda. É um alimento nosso, tradicional e que se pode comer com manteiga ou azeite. É um bom amigo e não deve ser diabolizado, tal como as batatas. É um erro dicotomizar os alimentos em “bons” e “maus”. Isso não existe. Existem, sim, alimentos que devemos consumir com muita frequência, e alimentos que devemos consumir com menor frequência. É tão simples quanto isto. E mais do que os categorizar, temos de ponderar as virtudes dos alimentos. Comer batatas faz bem, mas não podemos comer batatas fritas todos os dias! Aliás, o pão, as batatas, o arroz, as massas e as leguminosas tornaram-se um “bicho papão” por causa dos hidratos de carbono. O que aconteceu foi que se propagou a ideia de que a proteína é o melhor nutriente. Ou seja, podemos comer proteína até não poder mais, e todos os outros nutrientes são maus.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com