O índice de preços no consumidor (IPC), principal indicador da inflação na China, subiu 0,7% em fevereiro, em termos homólogos, quebrando a tendência de descida dos quatro meses anteriores, foi hoje anunciado.
O indicador, divulgado pelo Gabinete de Estatísticas chinês, ficou acima das expectativas dos analistas, entre os quais a previsão mais difundida era de um crescimento de 0,3%.
Esta é a maior subida do IPC desde março do ano passado, quando também registou um aumento de 0,7%.
O estatístico do gabinete Dong Lijuan atribuiu a subida do IPC, que tinha registado uma queda homóloga de 0,8% em janeiro, ao “aumento mensal dos preços” e ao “efeito do Ano Novo Lunar”, a principal época festiva da China, que este ano se comemorou em meados de fevereiro.
Precisamente devido a este período de férias, a procura de viagens e entretenimento por parte dos consumidores “aumentou significativamente”, disse o responsável, acrescentando que os preços de bilhetes de avião, aluguer de transportes, viagens, bilhetes de cinema e entretenimento aumentaram entre 12,5% e 23%.
Dong destacou ainda o aumento do preço da carne de porco, preferida pelos consumidores chineses, que subiu após nove meses consecutivos de descida e de outros produtos alimentares como fruta e legumes frescos, pelos quais os consumidores tiveram de pagar mais 4,3% e 12,7%, respetivamente.
O perito atribuiu também a subida do IPC ao aumento do preço da gasolina, que subiu 2%, quando em janeiro tinha descido 1%.
Numa base mensal, os preços no consumidor aumentaram 1% em relação aos dados de janeiro, surpreendendo também os analistas, que esperavam um aumento não superior a 0,6%.
O gabinete divulgou ainda o índice de preços no produtor (IPP), relativo aos preços industriais, e que caiu 2,7% em fevereiro, em termos homólogos, uma descida ligeiramente superior à prevista pelos analistas (-2,3%).
Este é o 17.º mês consecutivo de queda do indicador, que agravou a descida em 0,2 pontos em relação ao valor de janeiro.
Numa base mensal, o IPP desceu 0,2 % em relação a janeiro, no quarto mês consecutivo de contração.
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