A Oi, em recuperação judicial, registou um prejuízo líquido de 486 milhões de reais (89,7 milhões de euros) no 4º trimestre de 2023, o que traduz uma redução de 97,2% face ao prejuízo de 17,149 mil milhões de reais (3,2 mil milhões d euros) no mesmo período de 2022.
O lucro antes juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi negativo em 114 milhões de reais (21 milhões de euros) no 4º trimestre, face ao os 345 milhões de reais (63,7 milhões de euros) um ano antes.
Já a margem de EBITDA ajustada atingiu -5,0% entre outubro e dezembro do ano passado, traduzindo uma retração de 18 p.p. frente a margem registada no mesmo período de 2022.
A receita líquida somou 2,276 mil milhões de reais (410 milhões e euros) no quarto trimestre do ano passado, representado uma queda de 13,1% na comparação com igual etapa de 2022.
Os custos somaram um total de 2,4 mil milhões de reais (440 milhões de euros) no ultimo trimestre do ano passado, ou seja, houve um aumento de 5,2% na base anual, devido a reversão de valores relacionados a impostos no 4º trimestre do ano anterior.
No 4º trimestre os investimentos totalizaram 186 milhões de reais (34,3 milhões de euros), com as operações core a responder por 75% deste total.
Em 31 de dezembro de 2023, a dívida líquida da companhia era de 23,292 mil milhões de reais (4,3 mil milhões de euros), um crescimento de 22,1% na comparação com o mesmo período de 2022.
O Conselho de Administração aprovou a submissão de proposta de agrupamento da
totalidade das ações ordinárias e preferenciais da Companhia, na proporção de 10 para uma, à Assembleia Geral Extraordinária da Companhia (AGE), a ser oportunamente convocada para o dia 29 de abril de 2024.
A Oi chegou na terça-feira, 26 de março, a um acordo com os maiores credores no âmbito do plano de recuperação judicial.
Os credores financeiros internacionais de referência comprometeram-se a fazer um empréstimo no valor de 500 milhões de dólares.
Apesar de terem chegado a acordo, o plano de recuperação da Oi poderá ainda sofrer alterações até ao dia da votação final, a 10 de abril.
A Oi anunciou na noite da terça-feira que os obrigacionistas reunidos em assembleia geral aprovaram os principais termos do plano de recuperação judicial da companhia, que deverá ser votado em nova reunião marcada para 10 de abril.
Os credores da Oi decidiram em assembleia na 3ª feira, dia 26 de março, adiar a votação do novo plano de recuperação judicial da companhia. A decisão atendeu pedido dos próprios credores, que querem tempo para avaliar a redação final do texto.
“Após intensas negociações, a companhia chegou a bom termo com relação aos termos e condições comerciais com credores titulares de créditos que representam a maioria dos créditos concursais presentes da Oi”, afirmou a empresa,
A Oi fixava um reembolso total dos obrigacionistas detentores de 20 mil dólares no prazo de dois anos, e que todos os outros que ultrapassassem este montante teriam de abdicar de 90% do capital que possuíam para poderem ser reembolsados, Esta premissa mantém-se ao abrigo do acordo atual.
Estes credores fazem parte do universo dos antigos obrigacionistas da PT e atuais credores da Oi que em 2018 aderiram à modalidade de pagamento a 12 anos, aceitando um período de carência de seis anos e um corte de 50% do crédito para serem reembolsados em tranches ao longo de seis anos, a partir de agosto de 2024, com um juro de 6%.
A segunda versão do Plano de Recuperação Judicial que altera substancialmente as condições oferecidas aos obrigacionistas da antiga Portugal Telecom e da PTIF – Portugal Telecom International Finance. O segundo plano da Oi tem um profundo impacto naqueles credores que tinham a expectativa de começar a receber a primeira tranche de reembolso já em agosto de 2024.
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