“As oposições têm de nos deixar trabalhar”, vinca Luís Montenegro

O novo primeiro-ministro, Luís Montenegro, afirmou hoje, durante a tomada de posse no Palácio da Ajuda, em Lisboa, que o executivo que lidera “está aqui para governar os quatro anos e meio da legislatura”. O primeiro-ministro, que assume agora funções, sublinha que o novo Governo “não está aqui de turno”.

“Este governo está aqui para pensar na vida de cada um, vamos cumprir as promessas de desagravamento fiscal, de valorização dos salários e das pensões, de restruturação das serviços públicos e modernização do Estado, mas não vamos faze-lo à sombra de uma ilusão de um excedente, vamos faze-lo com a âncora numa economia mais produtiva e competitiva e um Estado renovado e eficiente”, referiu Luís Montenegro.

O primeiro-ministro sublinhou que “a nossa economia está viva” e garante que o novo Governo vai estar focado “na resolução dos problemas dos cidadãos”.

No primeiro discurso como primeiro-ministro, Montenegro salientou que o Governo vai cumprir com o seu programa, e que vai existir uma cooperação institucional, no entanto, as “oposições têm de nos deixar trabalhar”. O primeiro-ministro referiu que “os resultados que queremos atingir são ambiciosos, mas também realistas”.

“Para a economia crescer vamos apostar no aumento da qualificação dos portugueses, premiaremos o trabalho”, assinalou ainda o primeiro-ministro, que sublinhou também que “baixar os impostos não é uma benesse do Governo, baixar os impostos é uma medida de política económica e de justiça social. Carga fiscal elevada é um bloqueio à economia”.

Montenegro garantiu que o executivo vai “salvar os serviços públicos e dar resposta aos cidadãos”. Para o novo primeiro-ministro, os objetivos do Governo são claros, “valorizar o trabalho, reter os nossos jovens, incentivar e atrair investimento”.

No momento em que o novo Governo inicia funções, Luís Montenegro afirmou que “inicia funções a olhar com confiança nas pessoas, nas instituições e com esperança”.

Durante o discurso Luís Montenegro referiu aqueles que são os principais problemas que Governo enfrenta, nomeadamente na área da habitação, saúde, educação, corrupção, emigração jovem, natalidade e elevada pobreza. O primeiro-ministro avançou que vai propor aos partidos um processo de diálogo para o “combate à corrupção”.

O novo Governo tomou posse nesta terça-feira e os 17 ministro e o primeiro-ministro assumem, a partir de hoje, as suas funções.