Quantas empresas ligadas à tecnologia blockchain há em Portugal? É a principal dúvida que o ecossistema tem e à qual a Federação das Associações da Cripto Economia (FACE) pretende dar resposta. O grupo composto pela Aliança Portuguesa de Blockchain, a Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoeadas (APBC) e o Instituto New Economy apresentou esta terça-feira o projeto “Quo Vadis Web3”, de mapeamento nacional do ecossistema Web3.
A “radiografia” envolverá um inquérito às comunidades de finanças descentralizada e criptoeconomia a operar no país e/ou a partir de Portugal com informação sobre data de nascimento, desenvolvimento e adoção da tecnologia, entre outros. O objetivo é obter uma avaliação holística do sector que tem um papel transversal entre outras áreas de atividade.
O Quo Vadis Web3 está em análise inicial com mais de 700 entidades. “Representa o maior esforço da comunidade nacional em realizar o mapeamento mais profundo do ecossistema Web3 no nosso país, cartografando-o numa perspetiva 360º, de forma a englobar todas as suas dimensões sectoriais, extensão e impacto”, afirmou o coordenador do projeto, José Reis Santos.
“Dizem que não podemos gerir o que não medimos. O que é ainda mais relevante no caso da criptoeconomia, onde tanta existe tanta informação disponibilizada de forma transparente sobre as transações nas várias blockchains, mas pouca sobre as pessoas e as empresas que desenvolvem esta indústria que tem o potencial de transformar o futuro digital de Portugal”, referiu Hugo Volz Oliveira, secretário do Instituto New Economy. A seu ver, esta informação é “crítica” tanto para informar políticas públicas como coordenar o sector, que está a ser atacado por “outras jurisdições” que tentam ser mais competitivas.
O evento de apresentação desta iniciativa realiza-se hoje às 18h00 na Fintech House, em Lisboa. Entre as personalidades que vão discursar estão o professor Paulo Cardoso Amaral (Universidade Católica), o CEO do Bison Bank, António Henriques, o deputado socialista Miguel Costa Matos ou o CEO da Gnosis Pay, Marcos Nunes.
Na opinião do presidente da APBC, Portugal “tem demonstrado estar capacitado para acolher e promover o sector do empreendedorismo a um nível global e, em particular, no sector da criptoeconomia”. “Temos um ecossistema pujante e que cresce diariamente, atraindo talento e capital por todo o mundo. Este estudo, que o Quo Vadis colocou em marcha, servirá para identificar e enaltecer isso mesmo”, diz Nuno Lima da Luz.
“É essencial para compreendermos o panorama atual e identificarmos as oportunidades de crescimento e a força da inovação. Ao entendermos a dimensão do mercado, as empresas envolvidas e as potencialidades, podemos impulsionar o desenvolvimento tecnológico e fortalecer a posição de Portugal como um protagonista na era digital”, comentou o advogado Nuno Vieira da Silva, sócio da Antas da Cunha Ecija.
De facto, a sociedades de advogados Antas da Cunha Ecija e também Kore Partners estão envolvidas neste processo. Também empresas como Meta, corretora Mercado Bitcoin, Zome, Mario Moura Contabilidade, Bison Digital Assets, Unlockit, Bhout, consultora Bloq4u. Na área de inovação, destacam-se Startup Portugal, Startup Lisboa, Startup Sintra, Startup Leiria, Startup Braga, Lispolis, Poolside, Startup Madeira ou Algarve Tech Hub.
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