Hugo Soares foi hoje eleito líder da bancada do PSD com mais de 98% dos votos e, em declarações aos jornalistas, disse que esta votação significa uma “grande coesão e grande união” da bancada.
Questionado, por várias vezes, sobre o apelo a entendimentos deixado na véspera pelo ex-líder do PSD Pedro Passos Coelho – entendido como um pedido de aproximação entre PSD Chega – Hugo Soares insistiu que a sua bancada falará “com todos”.
“Segundo vi das declarações, o dr. Pedro Passos Coelho terá feito um apelo ao diálogo com todos os partidos, creio que falei português muito claro: a minha responsabilidade e da direção do grupo parlamentar é o diálogo humilde e construtivo com todas as bancadas parlamentares para resolver os problemas da vida das pessoas”, disse.
Questionado como fica a promessa de “não é não” ao Chega feita pelo líder do PSD e primeiro-ministro, Luís Montenegro, Hugo Soares considerou a questão “mais do que esclarecida”.
“Quando o candidato a primeiro-ministro disse que ‘não é não’ cumpriu: disse que não ia fazer uma coligação pré-eleitoral com o partido Chega nem um acordo de governação. Coisa diferente é o diálogo com todas as forças partidárias representadas no parlamento, é assim que será com o único objetivo que importa ao grupo parlamentar do PSD: resolver a vida das pessoas”, enfatizou.
Para Hugo Soares, “os portugueses lá fora não querem saber se a redução dos impostos é aprovada com a abstenção do PS, do Chega, do Livre ou do PCP, querem é baixar os impostos”.
Sobre o debate do programa do Governo, que será entregue na quarta-feira no parlamento e debatido quinta e sexta-feira, Hugo Soares assegurou que haverá uma defesa do documento por parte da bancada social-democrata, mas sobretudo, “uma defesa acérrima de soluções concretas para vida das pessoas”.
“O resultado dia 10 de março não aconteceu por acaso, aconteceu porque o país tem muitos problemas (…) o PSD e a AD ganharam as eleições, têm a responsabilidade de governar, mas o resultado disse também que temos de ter a capacidade de dialogar com todas as forças partidárias”, afirmou.
Questionado sobre os pedidos de prudência e alertas deixados pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP) de que as medidas de recuperação do tempo congelado das carreiras especiais e novos subsídios precisam de ser quantificadas, o líder parlamentar do PSD remeteu essa resposta para o Governo, mas deixou um compromisso.
“Nunca levámos lições de ninguém em matéria de ter contas certas no país, pelo contrário, fomos sempre chamados em períodos de emergência financeira para resolver problemas sérios. Tenho a certeza que o grau de responsabilidade que o Governo terá será máxima”, afirmou.
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