Durante uma semana no início de Novembro, Lisboa acolheu 70 mil entusiásticos participantes na Web Summit vindos de todo o mundo. Pelo terceiro ano consecutivo, o Reino Unido teve uma presença forte e visível.
O contingente britânico representou cerca de 8% dos participantes, uma vez mais a maior participação de qualquer país estrangeiro. Startups e empreendedores britânicos sentem-se cada vez mais atraídos pelo principal evento europeu na área da tecnologia. Entre os participantes britânicos, destaco as presenças de Sir Tim Berners-Lee, o inventor britânico da world wide web; de Margot James, secretária de Estado Britânica para as Indústrias Criativas e Digitais; e do antigo primeiro-ministro Tony Blair.
As nossas actividades no âmbito da Web Summit centraram-se à volta do stand do Reino Unido, cujo design foi pensado para evidenciar a inovação britânica. Mais de mil visitantes aventuraram-se entrando na nossa típica cabine telefónica vermelha para fazer um tour de realidade virtual sobre o que o Reino Unido tem para oferecer em matéria de tecnologia, empreendedorismo e criatividade.
Ficaram assim a conhecer a excelência do trabalho em ciência nas nossas universidades e institutos científicos, a nossa cultura empresarial vibrante e diversa, e os incentivos financeiros que existem para apoiar o investimento no Reino Unido. E levámos a nossa mensagem para além da Altice Arena, chegando a 1,7 milhões de pessoas através das redes sociais.
A Wayve, uma startup de inteligência artificial da Universidade de Cambridge, venceu o muito concorrido PITCH. A Engineer AI, uma empresa de software de inteligência artificial apoiada pelo programa governamental “Global Entrepreneur Programme”, anunciou ter angariado 29,5 milhões de dólares, um dos maiores investimentos de Série A da Europa. São apenas dois dos muitos exemplos que sustentam o argumento de que o Reino Unido é o melhor lugar do mundo para começar e fazer crescer um negócio na área da tecnologia.
À margem da cimeira, organizámos um almoço para dirigentes empresariais, destacando a importância do sector digital na estratégia industrial do Reino Unido. No MAAT, desenhado pela arquitecta britânica Amanda Levete e propriedade da Fundação EDP (o grupo EDP é o maior investidor português no Reino Unido), celebrámos também a criatividade britânica reunindo palestrantes e participantes britânicos na Web Summit e cerca de 200 convidados portugueses das mais diversas áreas, dos negócios às artes passando pelas indústrias criativas.
A Web Summit é uma grande plataforma para promover a oferta britânica nas áreas da inovação, clustering, crescimento do mercado, acesso ao talento e capital: elementos-chave para um sector tecnológico bem-sucedido. Nós valorizamos e recompensamos os empreendedores e as empresas deste sector que escolhem o Reino Unido. A Web Summit parece destinada a expandir-se nos próximos anos e o mesmo acontecerá quanto à presença do Reino Unido neste importante evento. Até para o ano!
O autor escreve de acordo com a antiga ortografia.