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Orçamento familiar: como prevenir o incumprimento?

Recorrer a créditos pessoais para pagar créditos já existentes não deve ser uma alternativa a considerar. É ainda essencial ter uma atitude preventiva e antecipar eventuais dificuldades de cumprimento.
9 Dezembro 2018, 12h00

As finanças pessoais exigem controlo e planeamento para que o incumprimento não faça parte da equação da vida financeira familiar. É importante ter um orçamento familiar com despesas fixas e despesas variáveis bem identificadas, de modo a conseguir responder a imprevistos.

“A procura de uma solução para o problema não deve ser adiada. Os devedores com prestações em atraso estão sujeitos ao pagamento de juros de mora e de outros encargos e, nas situações mais graves, os seus bens podem ser penhorados”, salienta o Plano Nacional de Formação Financeira (PNFF).

O que não deve fazer:

Recorrer a créditos pessoais para pagar créditos já existentes não deve ser uma alternativa a considerar. “Esta opção pode permitir um alívio financeiro, mas é temporário, uma vez que as dívidas aumentam e, muitas vezes, as taxas de juro dos novos empréstimos são mais elevadas, gerando-se um efeito de “bola de neve”, que agrava a situação”, explica o PNFF.

O que deve fazer:

Antes de pedir um crédito, deve primeiramente ponderar se tem rendimentos suficientes para assegurar o pagamento das dívidas que pretende contrair. Neste sentido, é de máxima importância olhar para o seu orçamento familiar, já que as prestações do crédito constituem uma despesa mensal fixa e têm impacto até à amortização total do empréstimo.

Neste mapeamento, avalie todos os créditos contraídos. Pode solicitar o mapa de responsabilidades de crédito à Central de Responsabilidades de Crédito, disponibilizada pelo Banco de Portugal, explica o Plano Nacional de Formação Financeira. Este mapa apresenta todas as responsabilidades de crédito já assumidas e as responsabilidades de crédito potenciais, nomeadamente o plafond do cartão de crédito que não tenha sido utilizado.

É ainda essencial ter uma atitude preventiva e antecipar eventuais dificuldades de cumprimento. No caso de imprevistos que o possam colocar em risco de incumprimento é importante analisar mais uma vez o orçamento familiar, de modo a avaliar quais as despesas que poderá cortar para reequilibrar as contas. Será ainda importante entrar em contacto com a instituição de crédito, alertando para a possibilidade de não conseguir pagar as prestações do crédito.

 

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