No ano de todas as eleições, em que mais de dois mil milhões de eleitores foram ou serão chamados às urnas para escolher parlamentos, senados, governos e presidentes, em 60 países, incluindo em sete dos dez mais populosos países do planeta, e, também, na União Europeia, as eleições presidenciais nos Estados Unidos da América (EUA), destacam-se.
As consequências do resultado da escolha entre o democrata Joe Biden, incumbente, e o republicano Donald Trump, que o desafia, têm implicações internas, obviamente, mas transcendem as fronteiras norte-americanas, especialmente numa altura de transformação da ordem internacional e quando estão em curso duas guerras de elevada intensidade, uma na Europa, provocada por um membro do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a Rússia, que invadiu a Ucrânia, e outra no Médio Oriente, em que as críticas à resposta desproporcional de Israel ao ataque terrorista do grupo islamita Hamas têm subido de tom.
Joe Biden e Donald Trump têm visões diferentes de olhar o mundo, de exercício do poder e terão abordagens também elas diferentes aos desafios geopolíticos que se colocam. Na reedição da disputa de 2020, agora em papéis invertidos, uma vitória do ex-presidente terá reflexos no apoio norte-americano ao esforço de guerra ucraniano contra a Rússia, em que os republicanos já sinalizaram querer limitações, ao papel dos EUA na NATO ou às relações com a China, mas também nas políticas de imigração ou nas políticas ambientais e de mitigação do impacto das alterações climáticas.
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