A AD – Aliança Democrática surpreendeu os portugueses com a apresentação de Sebastião Bugalho como cabeça de lista às eleições europeias.
Quem não conhece o Sebastião Bugalho? Há muitos anos que o vemos, lemos e ouvimos em diferentes meios de comunicação social. Prova disso é que todos sabemos e conhecemos o seu pensamento sobre várias matérias. Será que as outras candidaturas podem dizer o mesmo dos seus cabeças de lista?
A escolha parece-me que não podia ser mais acertada, primeiro, porque estamos a falar de um jovem de 28 anos que é culto, inteligente, assertivo, e que tem ideias muito claras sobre o País, a Europa e o mundo. E depois, porque o Sebastião acredita genuinamente que é possível termos um Portugal e uma Europa muito diferentes daquela que temos hoje. E é precisamente isso em que eu também acredito!
Pensemos um pouco nas repostas a duas simples perguntas: É positivo ou negativo termos um jovem de 30 anos com a capacidade validada do Sebastião Bugalho como Eurodeputado? Quantos jovens portugueses temos com a capacidade do Sebastião Bugalho para nos representarem na Europa? São respostas óbvias e de resposta fácil que não merecem desenvolvimento. Também quero deixar claro que considero a idade e a juventude de Sebastião Bugalho – ao contrário do que ouço ser muito criticado – como algo de muito positivo.
Estive presente no CCB na apresentação do Programa Eleitoral da AD às eleições europeias, numa sala repleta de jovens e graúdos, Sebastião Bugalho disse que seria “uma voz que vai fazer-se ouvir” em Bruxelas, o que não duvido, e que se compromete a “trazer o melhor da Europa para Portugal” e a querer “procurar o melhor para Portugal na Europa”.
Depois dos discursos no CCB fui ler com detalhe cada uma das medidas do Programa Eleitoral. Confesso que foi uma boa surpresa: um conjunto de propostas europeias inovadoras e intergeracionais, que vão dos mais jovens até aos mais idosos, não esquecendo o exigente contexto internacional e as diferentes agendas de transição.
Logo na introdução há um paragrafo que penso que sintetiza muito bem o espírito do Programa Eleitoral: “Para nós, o desígnio europeu é a Pessoa Humana e a sua Dignidade, numa sociedade onde o bem comum é maior quanto maior for a realização individual; onde a liberdade, a solidariedade, o progresso social e a prosperidade são a razão da ação política.”
Em matéria de transição digital e energética na Europa, Sebastião Bugalho é muito claro: a transição é positiva, mas tem de incluir todos os estados-membros, e não pode, em caso algum, traduzir-se numa Europa mais pobre ou isolada em nome de um qualquer ideal.
Mais, a tecnologia verde, um dos maiores desafios que a Europa enfrenta, tem de ser introduzida adequadamente em todos os países europeus. É consabido que as denominadas transições vão implicar avultados investimentos de muitos milhões de euros em cada País. E aí, não podemos permitir uma Europa a várias velocidades, porque se o tivermos isso vai comprometer o tecido económico de todos aqueles que ficarem para trás. Até por alguns erros cometidos no passado, parece-me avisado que o desenvolvimento e o progresso europeu devem ser para todos e não apenas para alguns.
Em matéria de Política Comum de Segurança e Defesa há um compromisso eleitoral para com a Ucrânia, com o Atlântico Norte e com a NATO. Isso implicará necessariamente o reforço da capacidade militar portuguesa e da Europa. No programa não é esquecida a política humanista de imigração, mas que só pode ser realisticamente executada se tivermos fronteiras mais seguras para todos e, assim, prosseguirmos com admissões mais justas.
O programa é muito claro na rejeição de novos impostos europeus. Um tema relevante que deve ser discutido na campanha eleitoral para que fiquem claras as posições de cada um dos partidos que vai a votos no próximo dia 9 de junho.
Sebastião Bugalho elege o tema da Habitação como uma prioridade europeia, uma vez que o problema da habitação existe em praticamente todos os países europeus. A sua estratégia passa pela inscrição e elevação do Direito à Habitação na Carta dos Direitos Fundamentais da União Europeia. Ou seja, primeiro universalizar este direito na União Europeia e com isso promoverem-se um conjunto de políticas e apoios concretos à Habitação.
Por último, gostaria de destacar o apoio aos mais idosos em duas propostas concretas: a primeira, a criação de uma rede de apoio europeu a lares e a comunidades envelhecidas; e a segunda, a criação do “cartão 65plus” que permite a todos os europeus com mais de 65 anos ter benefícios em espetáculos desportivos ou culturais, em serviços e transportes públicos.