[weglot_switcher]

Mota-Engil regista lucros de 20 milhões até março, o melhor primeiro trimestre da sua história

O grupo, que tem Carlos Mota Santos como CEO, diz ter alcançado “ainda um novo recorde histórico da sua carteira de encomendas para níveis superiores a 14 mil milhões de euros.
21 Maio 2024, 00h03

A construtora portuguesa Mota-Engil divulgou na madrugada de hoje, terça-feira, os resultados dos três primeiros meses do ano, nos quais registou lucros de 20 milhões de euros – o melhor primeiro trimestre da sua história, representando mais 54% do que os lucros de 2023 – alavancados por um volume de negócios de 1.352 milhões de euros (+7%) e um EBITDA de 196 milhões de euros (+22%).

O grupo, que tem Carlos Mota Santos como CEO, diz ter alcançado “ainda um novo recorde histórico da sua carteira de encomendas para níveis superiores a 14 mil milhões de euros, o que reforça ainda mais a capacidade de concretização dos objetivos estratégicos definidos para os próximos anos”.

Só nos primeiros três meses, a Mota-Engil registou 2,3 mil milhões de euros em contratos adjudicados, “maioritariamente relacionados com projetos de E&C em África”.

Por áreas de negócios, o grupo Mota-Engil registou um crescimento de 8% em “Engenharia e Construção”, com a América Latina como a região com maior contributo (713 milhões de euros, mais 9% do que no período homólogo). Nestes mercados, o segmento de Engenharia & Construção representa 596 milhões de euros e a Energia e Concessões 117 milhões. O México mantém-se, globalmente, como o maior mercado da Mota, enquanto os mercados em África registaram um crescimento de 6%, para 356 milhões de euros.

A Mota-Engil listou os seus maiores projetos em carteira. Em Portugal há dois: a extensão da linha vermelha do Metro de Lisboa e o Hospital Lisboa Oriental.

A  Europa cresceu 5% (para 141 milhões de euros), apesar de – no seguimento do acordo de venda das operações da Polónia – esta já não contribuir para a carteira (305 milhões de euros em Dezembro de 2023). Globalmente, a performance neste trimestre permite à Mota-Engil aumentar a margem global de EBITDA para 15%.

“Quando comparado com os seus peers europeus [a Mota-Engil é] uma das empresas com melhores margens operacionais, revelando a capacidade de concretizar projetos de elevada complexidade e dimensão com elevada qualidade e reconhecida competitividade nas suas soluções de Engenharia”.

A divulgação dos resultados decorre da publicação, esta madrugada, do Trading Update da Mota-Engil, no qual a empresa também dá pormenores sobre a sua performance financeira, nomeadamente os seus rácios de dívida líquida sobre o EBITDA, que agora são inferiores a duas vezes, e de Dívida Bruta sobre o EBITDA (inferiores a quatro vezes). No entender da Mota-Engil, esta performance “representa a capacidade de conjugar uma atividade a níveis recorde de produção com a melhoria da rentabilidade operacional e um controlo dos níveis de endividamento, permitindo reforçar a solidez do balanço do grupo”.

Em suma, a Mota-Engil considera estar “numa posição privilegiada para ter sucesso no caminho para 2026”, já que tem em carteira e no pipeline “projetos de grande dimensão [que] asseguram a concretização dos objetivos operacionais de 2026”. Por outro lado, o grupo garante que vai manter o “foco na conversão em caixa”, que considera “crucial para atingir as metas financeiras.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.