Clint Watts, responsável máximo da Microsoft Threat Analysis Center, traça o calendário das próximas ameaças cibernéticas. Ideia foi expressa numa ação desenvolvida esta quinta-feira pela Microsoft relacionada com Inteligência Artificial Generativa, Cibersegurança e Eleições, que decorreu em Florença e em que o JE marcou presença.
Os Jogos Olímpicos que vão decorrer este verão em Paris assim como as eleições para o Parlamento Europeu, mas também no Reino Unido e EUA, deverão ser os eventos com mais possibilidade de sofrerem ameaças cibernéticas, de acordo com a análise de Clint Watts, responsável máximo da Microsoft Threat Analysis Center.
A ideia foi expressa por este especialista numa ação desenvolvida esta quinta-feira pela Microsoft relacionada com Inteligência Artificial Generativa, Cibersegurança e Eleições, que decorreu em Florença e em que o JE marcou presença.
Nesta iniciativa, este responsável traçou as datas dos eventos mais expostos a ataques digitais: Jogos Olímpicos de verão (26 de julho a 11 de agosto), eleições gerais no Reino Unido (4 de julho), eleições para o Parlamento Europeu (9 de junho) e eleições presidenciais nos EUA (5 de novembro). “Estes eventos podem ser alvo de ameaça”, destacou o especialista.
“Nos próximos seis meses vamos ter ações às quais vamos ter que responder de forma muito eficaz: eleições e Jogos Olímpicos (para desacreditar o Comité Olímpico Internacional e os atletas e para convencer as pessoas a não assistirem pessoalmente aos Jogos). Só a ameaça de ciberataque já é suficientemente penalizadora e pode causar estragos”, alerta Clint Watts.
De onde vêm essas ameaças? Clint Watts aponta quatro “suspeitos” possíveis, cada um com atividade ao nível destes possíveis ataques, de acordo com a análise da Microsoft: “Rússia, Irão, China e Coreia do Norte estão com uma forte atividade ao nível das ameaças cibernéticas e que são monitorizadas. A China está muito ativa ao nível dos social media e a tentar engajar com diferentes públicos sobretudo com norte-americanos”.
Este especialista realça que a Inteligência Artificial generativa “ainda não terá impacto ao nível do que é a desinformação” e que possíveis ameaças a esse nível “têm sido detectadas com relativa eficácia”.
No entanto, há um “ramo” da Inteligência Artificial generativa que se apresenta como “mais ameaçador”: “Na IA generativa, o áudio é mais ameaçador que o vídeo porque existem menos meios de deteção. Também já existem misturas de conteúdos reais com IA generativa, o que torna o processo mais complexo”.
No campo das ameaças digitais, nem os meios de comunicação social estão a salvo. Este especialista da Microsoft explica que “há uma ameaça para os media que é a utilização da identidade dos jornais em que as pessoas confiam para difundir notícias falsas”.