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Eli Lilly investe 4.800 milhões para expandir produção de medicamentos para controlo de peso

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly vai investir 4.800 milhões de euros na ampliação da sua capacidade de produção de dois medicamentos para a diabetes, também utilizados para controlo de peso, num momento de grande procura destes produtos.
Eli Lilly logo is shown on one of the company’s offices in San Diego, California, U.S., September 17, 2020. REUTERS/Mike Blake/File Photo
25 Maio 2024, 00h48

A farmacêutica norte-americana Eli Lilly vai investir 4.800 milhões de euros na ampliação da sua capacidade de produção de dois medicamentos para a diabetes, também utilizados para controlo de peso, num momento de grande procura destes produtos.

O investimento de 5.300 milhões de dólares (4.800 milhões de euros, à taxa de câmbio atual) visa aumentar a produção de um dos princípios ativos das injeções de Zepbound e Mounjaro, denominado ‘tirzepatide’, e duplica os valores inicialmente previstos pela empresa para a nova fábrica de Indiana onde serão fabricados, explicou em comunicado.

A Eli Lilly, que recebeu aprovação do regulador norte-americano (FDA, na sigla em inglês) para Mounjaro em 2022 e Zepbound em 2023, segundo a nota, viu as suas vendas dispararem imediatamente, e planeia abrir a fábrica que está a construir em Lebanon, no Estado norte-americano do Indiana, no final de 2026.

A procura de produtos antidiabéticos utilizados alternativamente para a obesidade, liderada pelo Ozempic e Wegovy da Novo Nordisk, disparou nos últimos meses, levando à escassez em alguns países, em detrimento dos pacientes diabéticos.

Em parte, a popularização destes produtos deve-se a comentários de celebridades que admitiram utilizá-los, desde Elon Musk até, mais recentemente, a influente apresentadora Oprah Winfrey.

Em fevereiro, a Novo Nordisk, que registou vendas recorde em 2023 graças a estes produtos, comprou uma empresa especializada em enchimento de agulhas e injeções, a Catalent, por 16,5 mil milhões de dólares (15,2 mil milhões de euros), e adquiriu três novas fábricas para aumentar a sua produção.

A procura de medicamentos para a diabetes e a obesidade tornou-se um foco para o setor farmacêutico, e outras empresas como a Pfizer e a Amgen estão a concentrar os seus esforços no desenvolvimento de uma oferta para tirar partido desse mercado.

Tal como estimou a empresa de análise Barclays no ano passado, o mercado de medicamentos antiobesidade poderá atingir os 100 mil milhões de dólares (92 mil milhões de euros) até 2030.

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