O presidente da APEL – Associação Portuguesa de Editores e Livreiros mantém-se otimista sobre a tendência de crescimento dos leitores mais jovens, mas também reconhece o longo caminho que Portugal tem pela frente no que respeita aos índices de leitura. A Feira do Livro de Lisboa continua, nesse aspeto, a ter um papel importante e construtivo.
Todos os anos há novidades na Feira do Livro. Em 2024, quais destacaria em particular?
Arriscámos e criámos um novo modelo de Feira do Livro, há dois anos, que é claramente um modelo vencedor! [sorriso] Vamos tendo algumas melhorias contínuas, mas faltava a componente da acessibilidade, pensada a médio e longo prazo. Há desafios complexos, porque o Parque Eduardo VII é um organismo vivo. Todos os anos chegamos lá e há diferenças no terreno, e fizemos um protocolo com a Access Lab para, nos próximos três anos, começando em 2024, melhorar a acessibilidade a pessoas com mobilidade condicionada para que a Feira seja uma festa do livro e da leitura para todos. Por isso, teremos pequenas-grandes melhorias, muitas vezes invisíveis, mas importantes. O facto de termos mais casas de banho adaptadas a pessoas com mobilidade condicionada, fraldários – uma coisa muito pedida pelas famílias que nos visitam –, as rampas de acesso a vários equipamentos foram melhoradas e otimizadas. Não são as ideais, ainda, pois, repito, este é um projeto a três anos e ainda temos um longo caminho para fazer para termos uma Feira totalmente sustentável e acessível.
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