O grupo Montepio espera fechar a venda do Banco Empresas Montepio (BEM) à fintech Rauva a “breve prazo”.
“O BEM não teve a procura esperada e procedemos à sua liquidação. Temos feito esta simplificação do grupo”, disse o presidente do grupo Montepio esta segunda-feira em conferência de imprensa.
Sobre a conclusão do negócio, Vírgilio Lima disse que “são apenas tempos regulamentares para consultas obrigatórias. É um prazo normal para este tipo de atividades.”
“Tudo indica que será concretizada a breve prazo. Estão a correr os prazos normais. São consultas imperativas que este tipo de operações determina”, afirmou, esperando a sua concretização muito rapidamente.
O negócio ronda os 30 milhões de euros.
A operação ficou acordada em setembro de 2023, com o banco Montepio a fechar a venda da licença bancária do BEM à fintech portuguesa, com a sua carteira e os trabalhadores a serem integrados no Banco Montepio.
O objetivo da Rauva é fornecer aos seus clientes “serviços inovadores e adicionais, incluindo soluções de crédito, que podem ajudar os empreendedores a iniciar, gerir e também expandir os seus negócios de forma eficaz”, disse o CEO da fintech Jon Fath ao JE na altura.
O grupo Montepio registou uma subida dos lucros dos 85,2 milhões para os 94,7 milhões de euros em 2023, mais 11,2% face a período homólogo, anunciou hoje a instituição.
Esta subida aconteceu à boleia do aumento da margem financeira em 55% para 461 milhões de euros, “beneficiando do aumento das taxas de juro de mercado, com o principal contributo dos juros e rendimentos similares, no qual se destaca o peso dos juros de crédito”, segundo o documento distribuído aos jornalistas.
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