O Governo está a preparar uma nova estratégia para os minerais críticos para a transição energética. Para tal, vai apresentar no próximo dia 22 de julho um grupo de trabalho que vai ficar responsável pela criação desta estratégia.
O lítio vai perder destaque, como acontecia durante o Governo de António Costa, com outros minérios a subir ao palco, como o cobre.
“Está a ser preparada uma estratégia para matérias-primas críticas, que são muitas, para a transição verde. Felizmente, temos muitas em Portugal, como por exemplo, o cobre onde temos uma grande tradição”, revelou esta segunda-feira a ministra do Ambiente e da Energia.
“Nessa estratégia, estamos a definir os princípios, que passam por uma grande exigência quanto à utilização das melhores tecnologias que tenham o menor impacto possível no ambiente, tenham benefícios locais e que haja uma cadeia de valor no país, acrescentou Maria da Graça Carvalho em declarações aos jornalistas à margem da EurAfrican Forum 2024 que decorreu hoje em Carcavelos, concelho de Cascais.
“Esta estratégia está a ser definida com o ministro da Economia e o ministro da Coesão”, afirmou.
Questionada sobre o concurso internacional de seis áreas para a pesquisa de lítio (não relacionadas com os projetos da Savannah e Lusorecursos em Boticas e Montalegre), que o anterior Governo nunca tirou da gaveta, a ministra apontou que o concurso vai “depender” da nova estratégia que o executivo está a definir.
“Com base nessa estratégia iremos definir, as áreas de produção das várias matérias-primas que temos potencial em Portugal e são muitas. Queremos desenvolvê-las de forma sustentável e amiga do ambiente como alguns países o estão a fazer actualmente como a Alemanha”, afirmou.
Mais. “Sim, pode haver novas concessões. A DGEG tem o mapeamento de potencial das várias matérias-primas”, revelou a governante.
Maria da Graça Carvalho destacou que o “lítio é uma das matérias-primas críticas. Quando olhamos para as matérias-primas críticas, temos de considerar o lítio, mas não é a única, nem se calhar a mais importante, vamos ver nesse estudo que estamos a fazer”.
Sobre o cobre, salientou que é “algo que para os carros elétricos e toda a transição verde necessitam muito de cobre e nós temos um grande potencial e temos grande transição. Ja temos e vamos continuar a investir”.
Em 2023, a mina de Neves-Corvo (Castro Verde, Beja) viu a produção de cobre aumentar em mais de 1.900 toneladas face a 2022 para mais de 33.800 toneladas, segundo um documento da Lundin Mining, empresa sueca-canadiana que explora esta mina, que também produz zinco (quase 108 mil toneladas em 2023, um crescimento de mais de 26 toneladas), citada pela “Lusa”.
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