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Musk rejeita que vá doar 45 milhões por mês a Trump

O co-fundador da Tesla rejeita o valor avançado, mas vai criar um comité de apoio para receber doações ilimitadas de dinheiro para apoiar a candidatura de Trump, não revelando com quanto pretende contribuir.
REUTERS
24 Julho 2024, 12h42

O co-fundador da Tesla veio a público rejeitar notícias de que pretende contribuir com 45 milhões de dólares por mês para a campanha republicana de Donald Trump.
No entanto, prometeu criar um comité de ação política (PAC), que são organizações políticas independentes que podem receber doações ilimitadas de dinheiro.
“Não é verdade. Não vou doar 45 milhões de dólares por mês a Trump. Mas o que eu fiz é criar um PAC ou Super PAC, chamado America PAC”, disse, citado pelo “Guardian”, rejeitando adiantar qual o valor que pretende doar. “Estou a fazer algumas doações para o America PAC, mas a um nível muito mais baixo”.
Entre os apoiantes do America PAC estão Joe Lonsdale, co-fundador da empresa de software Palantir, Peter Thiel, um grande apoiante do nomeado republicano para vice-presidente JD Vance, e os gémeos Winklevoss, que tiveram uma disputa legal com Mark Zuckerberg do Facebook, como relatado no filme “A Rede Social”.
Para surpresa de muitos aficionados da Tesla, a pessoa mais rica do mundo anunciou o seu apoio a Donald Trump depois da tentativa de assassinato, especialmente depois de o republicano anunciar que pretende acabar com os  apoios à mobilidade elétrica.
A relação entre os dois tem sofrido altos e baixos. Em 2022, Elon Musk disse que tinha chegado a hora de Trump “pendurar o seu chapéu e navegar rumo ao pôr-do-sol”.
Em resposta, Donald Trump foi mordaz nas suas críticas. “Quando Elon Musk veio à Casa Branca pedir-me ajuda para todos os seus projetos subsidiados, quer sejam carros elétricos que não conduzem muito, carros autónomos que se despistam, ou rockets para lado nenhum, sem subsídios não valeriam nada. Disse-me que era um grande fã de Trump e republicano. Eu poderia ter dito, ‘ajoelha-te e implora’, e ele tê-lo-ia feito”, disse Trump em 2022.
O CEO da Tesla disse que não receia o impacto do fim dos subsídios a carros elétricos prometido por Donald Trump.

“Seria devastador para os nossos concorrentes, e iria prejudicar a Tesla ligeiramente, mas no longo prazo iria ajudar a Tesla”, disse Elon Musk na terça-feira numa chamada com analistas, depois de a empresa ter registado a sua margem mais baixa de lucros em mais de cinco anos.

O candidato republicano já prometeu “acabar com o mandato do veículo elétrico”, se for eleito, tendo criticado bastante as políticas da administração Biden para a mobilidade elétrica. No entanto, ainda não deu detalhes sobre o que pretende fazer.

Por seu turno, Musk rejeita impactos com o fim dos subsídios, considerando que a Tesla é uma empresa de inteligência artificial focada na condução autónoma.
“Tirem os subsídios, só vai ajudar a Tesla. Mas removam os subsídios de todas as indústrias”, escreveu Musk no X a semana passada.
Noutra frente, a Tesla anunciou o cancelamento da abertura de uma fábrica no México depois de Trump ameaçar com tarifas de 100% a 200% para veículos produzidos a sul do Rio Grande.
“Trump disse que iria colocar tarifas pesadas nos veículos produzidos no México, portanto não faz sentido investir”, afirmou o CEO da Tesla, que prometeu aumentar a capacidade nas fábricas existentes.
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