Pedro Cabrita Reis olhou para o fluxo criativo torrencial que é a sua obra, e decidiu oferecer ao público um magno balanço de 50 anos de trabalho. A exposição “Atelier”, que ocupou oito pavilhões da Mitra, em Lisboa, encerrou domingo 28 de julho, com um balanço de 17801 visitantes desde a abertura, a 19 de maio.
Na entrevista que deu ao Et Cetera, antes de inaugurar “Atelier”, explicou que o nome da exposição surgiu naturalmente, porque achou “interessante o desafio de pôr isto tudo com as variações inerentes de obras que têm 20 anos de diferença entre si, como acontece no ateliê, em que as coisas estão encostadas à parede, num canto, no chão…”. E sublinhou um detalhe: “Todas as obras são do meu acervo pessoal, mesmo que transitoriamente façam parte da coleção de alguém”.
Grande parte das obras selecionadas para “Atelier” nunca haviam sido anteriormente expostos, e outras foram mostradas pela primeira vez em Portugal, sendo que todo o processo de conceção, seleção de obras e desenho de montagem foram concebidos pelo próprio artista.
“Partilhei, com uma profunda alegria, 50 anos de trabalho e de vida, que farão agora e para todo o sempre parte das vidas de todas essas pessoas de quem, ao longo da exposição, recebi inúmeras e continuadas demonstrações de carinho, entusiasmo e gratidão”, declarou Pedro Cabrita Reis em comunicado enviado às redações.
E sendo o artista tomado por um vigor inesgotável, voltará, diz, “com a mesma energia e convicção de sempre ao outro atelier, onde trabalharei até ao fim do tempo que a Natureza resolva conceder-me.”
Como sublinhou ao Et Cetera, em maio, “preciso, quero e vou continuar a trabalhar. Tenho olhado para estas pinturas [na Mitra] e já sei quais são as outras que ainda não estão pintadas, mas que eu vou fazer. Portanto, agora tenho de preparar o «Atelier II» para daqui a uma década, quando eu tiver 77 anos!”
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