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Inapa? Governo não quer “uma nova Efacec a sugar dinheiro dos contribuintes”

“Colocar dinheiro numa empresa, numa operação para proteger 800 empregos na Alemanha, não nos pareceu a melhor utilização dos dinheiros públicos”, adiantou o ministro das Finanças em entrevista ao “Público” e “Renascença”.
O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, discursa durante um briefing aos jornalista após a reunião do Conselho de Ministros, em Oliveira de Azeméis, Aveiro, 04 de julho de 2024. JOSÉ COELHO/LUSA
1 Agosto 2024, 09h04

O Governo recusou injetar dinheiro na Inapa para salvar a distribuidora de papel da falência. Agora, em entrevista ao jornal “Público” e à “Rádio Renascença”, o ministro das Finanças admite que o Governo abdicou de agir para evitar criar “uma nova Efacec”.

Na mesma entrevista, Joaquim Miranda Sarmento diz que a crise da Inapa, que já avançou com pedido de insolvência, decorre “da gestão da empresa”. Assim, o Executivo optou por não fazer a injeção de 12 milhões de euros por parte da Parpública, escolhendo “defender o dinheiro dos contribuintes” portugueses.

“Colocar dinheiro numa empresa, numa operação para proteger 800 empregos na Alemanha, não nos pareceu a melhor utilização dos dinheiros públicos. E não quisemos ter, ao contrário do Governo anterior, uma nova Efacec a sugar dinheiro dos contribuintes, a despejarmos dinheiro dos contribuintes nessa empresa. Agora veremos o que é que acontece, se há compradores para aqueles ativos ou se a empresa segue um processo de insolvência”, atirou Miranda Sarmento às duas publicações.

Lembrar que a Japan Paper & Pulpe admitiu interesse na aquisição da Inapa, tendo pedido à empresa portuguesa entre “quatro a cinco dias úteis” para avaliar uma potencial proposta para a compra. Tanto a administração da empresa quanto a Parpública estariam a par da situação.

Questionado sobre participações empresariais do Estado, o governante assegurou que está em curso a privatização da TAP, embora já tivesse em curso aquando da tomada de posse deste Governo. Estão também ainda em curso “dois processos de alienação de empresas no âmbito da Parpública, o Circuito do Estoril e o Hospital da Cruz Vermelha“, sendo negócios que “seguirão o seu trâmite”.

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