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Garantia pública pode ajudar, mas “não vai resolver problema da habitação”, diz Santander

O CEO do Santander Portugal considera que a medida do Governo para apoiar os mais jovens a comprarem casas pode ser positiva, mas aponta a falta de oferta e a fiscalidade na habitação como o principal problema.
Santander Pedro Castro e Almeida garantia pública
1 Agosto 2024, 10h33

Pedro Castro e Almeida, CEO do Santander Portugal, afirma que a garantia pública para ajudar os mais jovens a comprarem a primeira casa é uma medida positiva, mas com impacto “muito limitado”. O banqueiro alerta que o principal problema em Portugal é a falta de oferta, mas também os impostos cobrados na aquisição de uma casa.

“Sem dúvida que a medida é positiva. Ainda assim, acreditamos que o impacto vai ser muito limitado”, afirmou o responsável durante a apresentação dos resultados semestrais, esta quinta-feira, relembrando que já houve outros países europeus que adotaram medidas semelhantes, como Espanha, e que o impacto foi muito reduzido.

A garantia “vem ajudar os jovens que tenham capacidade para cumprir o serviço da dívida, mas a quem faltam os 10% iniciais para a compra. Pode fazer diferença, mas não vai resolver o problema da habitação em Portugal”, referiu Pedro Castro e Almeida, alertando que é preciso ajustar as expectativas em torno do apoio da garantia pública.

De acordo com o CEO do Santander em Portugal, “há um problema de fundo. Primeiro tem a ver com a falta de oferta em Portugal e em segundo a fiscalidade relacionada com a habitação”, relembrando que um estudo recente da OCDE revelou que Portugal foi o país que construiu menos casas na última década.

“Fala-se muito da saída dos jovens e dos salários, mas eu diria que este é o principal fator que faz com que seja cada vez mais difícil viver em Portugal”, rematou.

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