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Vinho: comerciantes e exportadores antecipam crise vitivinícola “sem precedentes”

Entre as condicionantes que o sector pode vir a atravessar está “a quebra e alterações dos padrões de consumo, à instabilidade do contexto internacional, à dificuldade em conseguir aumentar o valor acrescentado”. Classe debate estas e outras problemáticas na conferência da ANCEVE que se realiza em setembro no Porto.
4 Agosto 2024, 15h05

Os desafios e oportunidades para o sector do vinho vão ser debatidos a 19 de setembro no Porto numa conferência promovida pela Associação Nacional dos Comerciantes e Exportadores de Vinhos e Bebidas Espirituosas (ANCEVE) em que esta entidade questiona se está em perspectiva “uma crise vitivinícola sem precedentes”.

“Na última década, o vinho tem tido uma história de sucesso, com as exportações a aumentarem em valor. Apesar do seu contributo para o PIB, a fileira enfrenta no entanto desafios significativos”, destaca a ANCEVE.

Entre as condicionantes que o sector pode vir a atravessar está “a quebra e alterações dos padrões de consumo, à instabilidade do contexto internacional, à dificuldade em conseguir aumentar o valor acrescentado”.

A esses, a ANCEVE destaca ainda “a deficiente remuneração dos viticultores, os apelos constantes às destilações de crise e aos negócios por elas proporcionados, ao controle relativo ao trânsito de vinhos, as reclamações sobre as deficiências da fiscalização, a problemática em redor do arranque de vinhas, ao futuro do Programa VITIS e as importações de vinho a granel de baixo preço, que desvirtuam o mercado”.

Além disso, o sector também regista dificuldades de produção e colheitas cada vez mais imprevisíveis, devido às alterações climáticas, daí o facto de alguns especialistas alertarem para a possibilidade de uma crise vitivinícola sem precedentes.

A ANCEVE considera que o sector vitivinícola deve assim adaptar-se a estas novas realidades e o enquadramento político deve acompanhar essa transição, desta forma se assegurando a continuidade do caminho de sucesso.

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