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Fidelidade quer vender futura sede por mais de 200 milhões. Dono da Zara entre os interessados

A Fidelidade comprou os terrenos da Feira Popular 45% acima do preço pedido pela Câmara Municipal. Amancio Ortega estará na ‘pole position’ para adquirir edifício que deverá estar concluído na segunda metade do próximo ano.
Fidelidade
6 Agosto 2024, 09h53

A Fidelidade está a vender a sua futura sede em Entrecampos (terrenos da antiga Feira Popular) e estará a pedir mais de 200 milhões de euros pelo edifício que só ficará pronto em meados de 2025. De acordo com o jornal “Eco”, Amancio Ortega, dono da Zara e homem mais rico de Espanha, é um dos interessados no negócio. Fidelidade desmente negociações e valores citados.

A seguradora pretende fazer uma operação de sale & lease back, ou seja, vender o imóvel e ficar como arrendatária. Estará em cima da mesa um contrato de arrendamento por um período de 20 anos, podendo ser prolongado por dois períodos de cinco anos.

Neste processo, a Fidelidade irá pagar uma renda anual de 10 milhões de euros ao proprietário, valor onde se inclui lugares de estacionamento. O empreendimento da seguradora terá 46 mil metros quadrados, sendo de 40 mil correspondem a escritórios e seis mil a espaços comerciais.

A fechar negócio com Ortega, a Pontegadea (que já detém vários ativos no mercado português) seria a nova dona do edifício. A sociedade de investimentos do homem mais rico de Espanha é atualmente a segunda maior acionista da REN, detendo 12% da elétrica.

Ao Jornal Económico, fonte oficial da Fidelidade confirma que a seguradora “estuda uma potencial operação de sale and leasback duradouro em relação ao edifício onde ficará situada a nova sede”, sendo esta uma política de asset-light seguida por várias seguradoras “em relação a este tipo de ativos, a qual se revela mais eficiente sob diversos pontos de vista”.

No entanto, a mesma fonte desmente a notícia avançada pelo jornal “Eco”, indicando que “não existe qualquer processo negocial com investidores determinados e nenhum dos valores referidos na notícia tem aderência à realidade, sendo pura especulação”.

Importa lembrar que a seguradora adquiriu os antigos terrenos da Feira Popular em 2018, pagando mais de 270 milhões de euros à Câmara de Lisboa, um preço 45% acima do pedido na altura. Tal como referido, e apesar das obras ainda não terem começado e o fim da construção estar prevista para a segunda metade de 2025, será construída habitação, comércio e parques de estacionamento.

[Notícia atualizada às 13h10 com reação da Fidelidade]

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