A China tem impactado consideravelmente muitos dos resultados apresentados pelas empresas, numa altura em que a sua economia está a apresentar um crescimento mais lento do que o esperado. No segundo trimestre, a economia chinesa cresceu 4,7%, um valor que fica abaixo das previsões dos analistas.
Um grande número de empresas deixou-se seduzir pela China nas últimas décadas, devido à sua economia e ao seu mercado grande e de rápido crescimento, no entanto, o crescimento lento e a intensa concorrência local que o país asiático vive, juntamente com um contexto de tensões com os Estados Unidos, estão a pesar sobre os lucros das empresas.
Segundo o CEO da McDonald’s, Christopher Kempczinski, “o sentimento de consumo na China tem estado muito fraco. Temos visto, na nossa indústria e noutras indústrias de consumo, uma mudança de comportamento nos consumidores, que procuram cada vez mais o melhor negócio”.
A empresa de fast-food apresentou os seus resultados, marcados por um declínio de 1,3% nas vendas do mercado internacional, tendo as vendas na China também caído.
Mas esta não é a única empresa norte-americana com razões de queixa, porque também a Apple revelou que as vendas na China caíram 6,5% no segundo trimestre. Já a Johnson & Johnson reportou um desempenho abaixo das expectativas neste mercado, considerando-o “muito volátil”.
Também a dona da Häagen-Dazs, a General Mills, viu as vendas a caírem dois dígitos durante o trimestre. Depois de registar uma queda de 9% em junho nas vendas na China, o CFO da Procter and Gamble avançou que não espera “o retorno as taxas de crescimento de dois dígitos, que tínhamos antes do Covid”, no entanto, o CFO espera que, com o tempo, a China registe uma melhoria no crescimento.
No entanto, não são só as empresas estrangeiras que tem sentido dificuldades, os retalhistas nacionais também sofrem do mesmo mal, tendo as vendas a retalho crescido apenas 2% em junho.
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