Nenhum observador com a honestidade intelectual bem calibrada poderia exigir ao novo Governo AD uma resolução imediata de todos os problemas que assolam, há décadas, o Serviço Nacional de Saúde (SNS). Aos anos de emagrecimento forçado pela Troika, que veio socorrer um Portugal falido, sucederam-se oito anos de governação algo errática na Saúde – com medidas como o restabelecimento do horário de 35 horas para o sector – reorganizações geográficas, constituição de novas entidades, adiamento de acordos essenciais com classes profissionais como os médicos ou os enfermeiros. E sempre com um travo ideológico de fundo que deixava fora do prato – ou chegava mesmo a demonizar – o potencial contributo do sector privado, ao qual cada vez mais portugueses (capazes de o pagar) são forçados a recorrer.
Um cenário difícil de conter – quanto mais inverter – e cujo plano de ataque teria, forçosamente, de passar por uma estratégia de “esperar para ver e atirar pela certa”.
A coligação PSD/CDS-PP e depois o Governo decidiram incluir no seu programa a apresentação – no prazo de 60 a 100 dias – de um plano de emergência para o SNS, uma espécie de bala de prata que colocaria tudo nos eixos. Este plano foi apresentado, mas a par ou depois de medidas como um plano estratégico para a economia, para a execução do PRR, um aeroporto em Alcochete, Alta Velocidade para Madrid, Terceira Travessia do Tejo, revisão e descida do IRS, IRS Jovem, acordos com os professores. Milhares de milhões em despesa (imediata e futura), mas é o que é.
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