É difícil estimar o número exato de vítimas mortais, quando a única fonte disponível é um ministério da Saúde controlado por um grupo terrorista. No entanto, provavelmente o número avançado por esta entidade do Hamas, de cerca de 40 mil mortos (na sua maioria mulheres e crianças), não andará muito longe da verdade.
Israel tem direito a existir e a defender-se, mas enquanto potência ocupante tem igualmente a obrigação de defender as vidas e os bens dos civis palestinianos. Não é aceitável lançar mísseis sobre edifícios residenciais, escolas, hospitais, mesquitas e igrejas, mesmo que o Hamas tenha de facto combatentes seus nesses locais. Não é aceitável encaminhar a população civil para determinadas zonas da Faixa de Gaza e, poucas horas depois, bombardear esses mesmos locais. Imagine, caro leitor, o desespero de um pai e uma mãe que tentam salvar os seus filhos nestas circunstâncias. Se Israel pretende fazer com que os seus vizinhos mais próximos o odeiem durante as próximas gerações, diria que está a ser tremendamente bem sucedido.
Tal como afirmou por estes dias o chanceler alemão, Netanyahu tem agora a oportunidade de quebrar o “ciclo da retaliação”, permitindo um cessar-fogo e impedindo o escalar do conflito com o Irão. Porém, o primeiro-ministro israelita já demonstrou que está mais interessado em incendiar o Médio Oriente (e o mundo) do que em concluir rapidamente a intervenção em Gaza e em libertar os 111 reféns que ainda estão nas mãos do grupo terrorista.
Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor
Tagus Park – Edifício Tecnologia 4.1
Avenida Professor Doutor Cavaco Silva, nº 71 a 74
2740-122 – Porto Salvo, Portugal
online@medianove.com