A EDP Ventures anunciou esta terça-feira o investiu na tecnológica britânica Piclo, uma empresa que desenvolveu um software que permite aos compradores e vendedores de capacidade de eletricidade negociarem. A empresa de Londres vai utilizar o capital para avançar no processo de expansão global, que priorizará os Estados Unidos e a Austrália.
A EDP Ventures coliderou a ronda de financiamento, num valor desconhecido, que contou também com os anteriores investidores da Piclo, o Clean Growth Fund (CGF) e a Future Energy Ventures (FEV). O trio de investidores fará uma “ronda maior” ainda no final deste ano.
Fundada em 2013, a Piclo adjudicou contratos de flexibilidade no valor de 74 milhões de libras (cerca de 87 milhões de euros), adquiriu mais de 2,6 GW de capacidade flexível e opera em seis países: Reino Unido, Irlanda, Itália, Austrália, Estados Unidos e Portugal. Em Portugal, colabora com a operadora E-Redes, que utiliza o mercado Piclo Flex para negociar flexibilidade. Logo, o investimento da EDP Ventures deve-se a esta “sinergia estratégica” e também ao compromisso com um futuro energético mais sustentável.
“Estamos muito satisfeitos em nos juntar à CGF e à FEV como os únicos investidores externos nesta ronda de financiamento e estamos entusiasmados em fortalecer a nossa parceria com a Piclo. Esta colaboração irá melhorar os nossos recursos de energia distribuída, como o armazenamento descentralizado e os recursos industriais e residenciais, a nível global. Com esta parceria, pretendemos contribuir ainda mais para a descarbonização dos sistemas energéticos mundialmente e explorar novas oportunidades nos mercados de flexibilidade”, afirmou o diretor geral da EDP Ventures, Frederico Gonçalves.
A plataforma digital da Piclo tem mais de 300 mil ativos registados, totalizando cerca de 22 GW de capacidade flexível. Segundo o CEO, este investimento “irá apoiar o crescimento” da presença empresa em novos mercados, nomeadamente os almejados Estados Unidos e a Ásia-Pacífico. “Desde o seu lançamento em 2018, temos ajudado os operadores de rede em todo o mundo a aproveitar a flexibilidade como uma solução essencial para modernizar a rede”, referiu ainda James Johnston. Na sua opinião, trata-se de soluções inovadoras utilizadas para maximizar a capacidade da rede e ajudar os Recursos Energéticos Distribuídos (DER) a aceder a mais mercados e a aumentar as receitas.
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