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AICEP destaca presença “forte e dinâmica” de empresas portuguesas em Moçambique

Apesar da forte penetração do empresariado português em Moçambique, a participação de expositores na FACIM tem decrescido, reconheceu a delegada da AICEP.
27 Agosto 2024, 12h52

A Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) considerou hoje “forte e dinâmica” a presença de empresas portuguesas em Moçambique, apontando uma margem de incremento em novas áreas de negócio.

“A relação [com Moçambique] é necessariamente sempre ativa e dinâmica, na medida em que temos aqui uma grande comunidade e grande parte da comunidade são empresários”, disse à Lusa Alexandra Ferreira Leite, delegada da AICEP e conselheira económica e comercial da embaixada de Portugal em Maputo.

Leite falava sobre a participação das empresas portuguesas na 59.ª edição da Feira Internacional de Maputo (FACIM), a maior exposição de bens e serviços de Moçambique, que está a decorrer na capital moçambicana até 01 de setembro.

“Somos uma presença empresarial forte e importante no mercado. Historicamente, estamos entre os dez maiores exportadores” para Moçambique, afirmou.

As empresas portuguesas, prosseguiu, estão na construção civil e obras públicas, energia, indústria, banca, distribuição e serviços e fomentam emprego e formação de mão-de-obra moçambicana.

Moçambique é um importante destino do investimento português e dispõe de potencial para o incremento da cooperação económica e empresarial, sendo o domínio das energias renováveis uma das áreas com futuro, acrescentou Alexandra Ferreira Leite.

Apesar da forte penetração do empresariado português em Moçambique, a participação de expositores na FACIM tem decrescido, reconheceu a delegada da AICEP.

“Nós já não temos o maior pavilhão na feira há uns anos, embora tenhamos sempre uma representatividade destacada (…). Este ano a presença portuguesa é feita por expositores que estão individualmente presentes em vários pavilhões”, avançou Alexandra Ferreira Leite.

Nesse sentido, a AICEP optou por um modelo de exposição institucional, com aquela entidade a ocupar um ‘stand’ num pavilhão partilhado por expositores de outros países.

“Optamos por ter uma presença institucional, já que o modelo tradicional do potencial exportador e do potencial investidor, que se desloca para estar num ‘stand’, tem decrescido”, declarou a delegada da AICEP.

A participação portuguesa na FACIM nos últimos anos tem sido preenchida por empresas que já estão no mercado moçambicano e que aproveitam o evento para a ampliação da sua atividade, acrescentou.

A abertura oficial da FACIM aconteceu na segunda-feira, contando com a presença de 26 países e 3.300 expositores, incluindo 2.300 empresas moçambicanas e 750 estrangeiras, de acordo com dados do Ministério da Indústria e Comércio, promotor da exposição.

São esperados nesta edição da FACIM cerca de 65 mil visitantes.

Além da exposição, o evento vai ainda contar com seminários temáticos e fóruns de negócios, para a apresentação de oportunidades em diversos setores económicos, segundo o Ministério da Indústria e Comércio.

A edição deste ano vai decorrer sob o lema: “Industrialização: Inovação e Diversificação da Economia Nacional”.

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