As rendas das casas em Portugal podem ser alvo de uma atualização de até 2,16% no próximo ano, tendo em conta os dados da inflação dos últimos 12 meses (sem contar com a habitação) e que foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta sexta-feira.
Embora o valor só seja conhecido em setembro, não é o costume existirem revisões. Como tal, esta atualização vai ser aplicada a todos os contratos que se encontram no Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), ficando de fora as rendas anteriores a 1990.
Este aumento das rendas pode ser aplicada pelos proprietários desde que o contrato esteja em vigor há mais de um ano. Por exemplo, uma renda de mil euros irá sofrer uma atualização de 22 euros.
Por outro lado, esta atualização de 2,16% acaba por ser um sinal de abrandamento ao aumento das rendas que se registou nos últimos dois anos, fruto da subida da inflação, e que acabou por levar o Governo a colocar um travão.
Lembrar que a subida das rendas ficou limitada aos 2% em 2023, mas, para este ano, o Governo de António Costa optou por não aplicar o travão. Este movimento significou o maior aumento dos últimos 30 anos, num salto de 6,94%. No entanto, muitos arrendatários poderão ter verificado uma subida parcialmente atenuada pelo reforço do apoio aos inquilinos e da parcela das rendas que a reduzir no IRS.
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