Os fracos dados económicos dos dois maiores consumidores mundiais de petróleo fazem prever um recuo na procura por crude.
O petróleo continua a desvalorizar esta quarta-feira, com uma queda superior a 1% para cerca de 73 dólares, em mínimos desde dezembro, alargando as suas perdas depois de o barril de Brent cair quase 5% na terça-feira.
A contribuir para a queda está uma disputa política entre fações rivais na Líbia que cortou a produção para metade, limitando as exportações.
“O selling continua na Ásia com expetativas de um negócio potencial para resolver a disputa na Líbia. O mercado continua sob pressão devido a preocupações com o enfraquecimento da procura de combustível após dados económicos fracos a virem da China e dos EUA”, segundo Toshitaka Tazawa da Fujitomi Securities citado pela “Reuters”.
As duas fações políticas que governam a Líbia chegaram a acordo na terça-feira para nomearem um governador do banco central, potencialmente desbloqueando a batalha pelo controlo das receitas petrolíferas, o que deu origem à tensão.
As exportações a partir dos portos principais pararam na segunda-feira, a par da produção em todo o país.
A National Oil Corp (NOC) declarou force majeure nos seus campos de El Feel a 2 de setembro.
“O alívio das tensões políticas na Líbia com o potencial retorno de fornecimentos e o enfraquecimento económico nos maiores consumidores mundiais, EUA e China, serve como vento adverso aos preços do petróleo”, segundo Yeap Jun Rong da IG.
Na China, a produção industrial afundou para mínimos de seis meses em agosto, com uma desaceleração dos preços das novas casas.