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Vendas de elétricos europeus estão em queda e corte da Volkswagen pode ser só o começo

As fabricantes europeias de automóveis estão a registar uma queda ao nível da procura, com destaque para o mercado de elétricos. A Volkswagen não é exceção, de tal modo que planeia cortar uma fábrica na Alemanha. Por outro lado, as competidoras chinesas crescem de forma assertiva, no mercado global.
4 Setembro 2024, 15h05

As vendas de veículos elétricos de marcas europeias têm desiludido nos últimos anos e as automotoras sentem a pressão a adensar-se cada vez mais. A alemã Volkswagen planeia fechar uma fábrica na Alemanha pela primeira vez em 87 anos. A medida não chega de forma isolada, já que segue o caminho geral do mercado europeu.

O grupo, além de deter a Volkswagen, conta ainda com marcas como Audi, SEAT, Škoda, Bentley ou Bugatti. Ora, de acordo com as informações que têm sido veiculadas, a fabricante automóvel tem planos para anular a promessa, que seria válida até 2029, de não cortar postos de trabalho naquele país.

A automotora mostra debilidades que decorrem, maioritariamente, de fatores como o aumento dos custos da energia, associado à crise energética, a inflação e o arrefecimento do volume de vendas dos veículos elétricos, a par do crescimento das empresas chinesas que operam na indústria.

Dito isto, a Volkswagen colocou em cima da mesa o encerramento de uma fábrica fundada em 1949 e que, desde 2018, ficou encarregue da produção do Audi Q8 e-tron. Na altura, aquele foi o primeiro modelo elétrico do grupo, lançado com o objetivo de competir com a Tesla.

O fraco volume de vendas, que é visível em todo o sector e ao qual o grupo Volkswagen não escapa, lançou receios nos responsáveis, que já reconhecem que o corte nos custos operacionais não é suficiente para fazer face às dificuldades.

Ideia de fechar fábricas estende-se por mais fabricantes do mercado

A Volkswagen quer fechar uma fábrica na Alemanha, mas tal não é caso único no segmento automóvel. A Stellantis já fez saber que planeia fechar duas fábricas situadas no Reino Unido, em Luton e Ellesmere Port. Na origem, está a fraca procura por elétricos registada pela dona de marcas como a Peugeot, Citroën e Fiat

Nesse sentido, de referir a ascensão das fabricantes automóveis chinesas. É o caso da BYD, cuja operação está toda ela conectada aos veículos elétricos, com o lançamento de modelos a preços extremamente competitivos, muitas vezes mencionados como low cost.

Neste contexto, o lucro daquela empresa aumentou 24,44% no primeiro semestre, face ao período homólogo, até aos 1,72 mil milhões de euros. A BYD atribuiu o acréscimo ao aumento das vendas no plano global, ao crescimento do seu negócio de veículos de nova energia, bem como ao aumento das exportações e dos envios para o estrangeiro.

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