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Bill Gates defende taxação de super-ricos, mas diz que é improvável

Impostos a Para cofundador da Microsoft, em entrevista exclusiva à Folha de S. Paulo (parceiro do JE), o capitalismo é parte da solução de crises, apesar de ter criado desigualdade e problemas ambientais.
6 Setembro 2024, 19h00

Em entrevista exclusiva à Folha, Bill Gates afirma que a inovação é essencial para mitigar o aquecimento global e que contribuir para o desenvolvimento de tecnologias verdes economicamente viáveis é o papel que procura desempenhar. O cofundador da Microsoft e filantropo, protagonista da nova série documental “What’s Next?”, defende que os super-ricos paguem mais impostos, mas diz ver poucas hipóteses de uma proposta de taxação global de bilionários, como a patrocinada pelo governo Lula, se se concretizar.

O tipo de pessoa que acredita que a inovação pode resolver tudo. Bill Gates descreve-se dessa forma no primeiro episódio de “What’s Next?”, série documental da Netflix protagonizada pelo cofundador da Microsoft, filantropo e multibilionário — o quinto indivíduo mais rico do mundo, de acordo com a Bloomberg, com património estimado de 146 mil milhões de euros.A aposta na tecnologia, afinal, sintetiza a biografia de Gates, personagem maior da revolução da informática nos anos 1980 e 1990 e, a partir da década seguinte, de uma nova era da filantropia.

O cofundador da Microsoft mostra-se otimista com os saltos que a inteligência artificial generativa vem dando, mesmo que a demanda por energia tenha aumentado e que corporações como Google e Meta tenham diminuído a ambição de suas metas de emissões devido à corrida pela IA.”O que você verá nos próximos cinco anos é realmente positivo. Você terá um tutor pessoal e mais orientações sobre saúde, disponíveis 24 horas por dia. Descobriremos até mesmo como usar essas ferramentas de software para ajudar em questões como saúde mental, em que a escassez de pessoas [profissionais especializados] é muito, muito alta”, diz Gates.

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