[weglot_switcher]

Afreximbank promete financiar investimentos em São Tomé e Príncipe

“Prometemos apoiar as oportunidades de investimento com as soluções adequadas de financiamento, usando o vasto leque de produtos financeiros ao nosso dispor”, destacou o vice-presidente executivo do Banco Africano de Exportações e Importações.
19 Setembro 2024, 07h30

O vice-presidente executivo do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) prometeu hoje “todo o apoio” a São Tomé e Príncipe para convencer os empresários a investirem neste arquipélago africano lusófono.

“Prometemos apoiar as oportunidades de investimento com as soluções adequadas de financiamento, usando o vasto leque de produtos financeiros ao nosso dispor, desde mecanismos iniciais de apoio à preparação de projetos, ao próprio financiamento do projeto”, disse Kanayo Awan durante a sessão de abertura do fórum de investimento em São Tomé e Príncipe, que decorre hoje e quinta-feira em São Tomé.

O Afreximbank, prosseguiu, disponibilizará ainda “mecanismos de financiamento comercial, consultoria, informações sobre o mercado e apoio à operação dos projetos”,

Na intervenção feita a seguir à do primeiro-ministro, Patrice Trovoada, o banqueiro do Afreximbank, que coorganiza o fórum, disse que o encontro de hoje é “uma oportunidade para apresentar investimentos de elevado retorno”, para serem identificados ali mesmo, “pedir o apoio do governo, selecionar o parceiro e imediatamente começar a investir”.

Depois de apresentar boa parte dos produtos financeiros do Afreximbank que estão ao dispor dos países e das empresas que querem investir em África, Kanayo Awan exortou o chefe do governo a dar margem aos ministros para implementarem acordos e memorandos de entendimento para agilizar o processo de investimento.

“É muito fácil criticar os líderes quando há encontros e não há acordos, e por isso peço para dar autorização aos ministros para aprovarem memorandos de entendimento, para aprovarem acordos agora mesmo, e assim em vez de falarmos sobre o que o governo pode fazer por nós, falamos sobre o que podemos fazer pelo governo, no âmbito do espírito da África que queremos, com soluções africanas para problemas africanos”.

Antes, já o primeiro-ministro tinha apresentado os principais argumentos para investimentos em São Tomé e Príncipe, lembrando, do ponto de vista global, que o mundo tem 25% de descendentes africanos, uma riqueza incomparável que deve ser aproveitada.

“A nova teoria ABCD relaciona-se com África, Brasil, Caraíbas e Diáspora”, afirmou, usando as iniciais de cada palavra para salientar que os habitantes nestes quatro pontos representam um em cada quatro habitantes do mundo.

“Culturalmente, podemos conduzir o mundo”, acrescentou, lembrando que é preciso contar com a China agora e no futuro, mas principalmente é preciso melhorar as condições internas para atrair os investidores.

São Tomé e Príncipe, continuou, “está no centro do mundo, literalmente no centro do mundo, e aqui está a terra da oportunidade, com uma população jovem e com um governo que não precisa de recolher muitos impostos para estabilizar a economia”.

Defendendo a criação de uma espécie de clube de investidores, alertou a audiência, num discurso em inglês, que “é melhor entrarem agora, porque depois não vai haver espaço para todos”.

Até lá, o grande desafio, elencou, “é a governação, porque perdemos tudo quando não há um bom governo, perdemos tempo, perdemos dinheiro e perdemos reputação, que é um grande risco hoje em dia”.

São Tomé e Príncipe, insistiu, “é um país amigável com todos, dentro e fora do continente, acreditando na democracia e no respeito pelos direitos humanos”.

O fórum decorre até quinta-feira com o apoio do Afreximbank, e surge na sequência da visita do presidente do Banco, Benedict Oramah, no ano passado, depois da qual foi disponibilizado um mecanismo de crédito de 12 milhões de dólares (10,7 milhões de euros) ao governo, através do banco central, assistência técnica e mecanismos de construção de capacitação no país.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.