A área de Mopane na Namíbia deverá ter cerca de 10 mil milhões de barris de petróleo e gás e pode valer mais de 10 mil milhões de dólares, estima a Galp.
A Galp só admite vender a sua participação na Namíbia a partir do final de 2025, revelou hoje o presidente-executivo da petrolífera portuguesa.
“Vamos evitar precipitar uma transação. Temos uma shortlist de empresas super credíveis interessadas na Namíbia”, disse o CEO em chamada com analistas esta segunda-feira.
Mas a operação de venda de 40% só terá lugar depois de concluídas as avaliações em dois poços. “Vamos esperar até ao final de 2025. Também para saber o que os outros atores à nossa volta estão a descobrir. Algumas das pessoas com quem estamos a falar também estão a perfurar”, acrescentou Filipe Silva.
Em setembro, a gigante petrolífera mundial Exxon Mobil saiu da corrida ao ativo da Galp na Namíbia, revelou na altura a “Reuters”.
A companhia portuguesa detém atualmente 80% da área de Mopane e colocou à venda uma fatia de 40%, assim como a possibilidade de a empresa tornar-se operadora da área, isto é, ficar responsável pela extração de petróleo, o que só poderia ficar a cargo de uma grande petrolífera mundial, com capacidade técnica e financeira para uma operação desta magnitude.
A agência noticiosa não conseguiu apurar as razões para este abandono, mas existem outras 11 empresas na corrida, incluindo a Shell, Petrobras, Chevron, TotalEnergies, Woodside Energy da Austrália, ou Apache Energy dos EUA. Todas estas empresas, incluindo a Chevron, assinaram um acordo em julho para ter acesso a dados geológicos da área detida pela empresa portuguesa.
A área de Mopane deverá ter cerca de 10 mil milhões de barris de petróleo e gás e pode valer mais de 10 mil milhões de dólares.
Além da Galp, também a TotalEnergies e a Shell têm feito grandes descobertas no mar da Namíbia, mas nenhuma empresa tomou ainda a decisão de avançar com a exploração.