Daniela Braga podia ser um nome que passava despercebido antes de 2015, mas atualmente está nos ‘dicionários’ de empreendedorismo tecnológico. Nesse ano, a empresária fundou a startup DefinedCrowd, que entretanto mudou de nome e é hoje conhecida por Defined.ai.
Este ano, a revista “Forbes Portugal” colocou Daniela Braga como a segunda mulher mais poderosa da categoria Tecnologia e Telecomunicações. O ano passado tinha ficado em 24º lugar de um total de 50 mulheres portuguesas.
A empreendedora é licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, o que lhe serviu de base para criar a então DefinedCrowd, especializada em dados para Inteligência Artificial. Mas antes da sua criação veio ainda um mestrado, investigação na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e deu aulas na Universidade da Corunha por dois anos.
Posteriormente às aulas, Daniela Braga entrou para a tecnológica Microsoft, onde trabalhou em Portugal, China e Estados Unidos, que viria a deixar em 2013. Por mais dois anos, a empreendedora transferiu-se para a Voicebox, onde depois viria a perceber que a sua ambição era superior.
Com a área de Inteligência Artificial a cimentar-se, e no centro da inovação, Daniela Braga decidiu arriscar e despediu-se da empresa norte-americana. Foi junto de investidores em Seattle que a empreendedora apresentou a agora Defined.ai num PowerPoint e conseguiu recolher 200 mil dólares de financiamento.
Atualmente, a criação de Daniela Braga soma mais de 80 milhões de dólares angariados desde 2015. A Defined.ai é considerada como uma das “100 empresas mais promissoras na área de Inteligência Artificial do mundo”.
Em 2019, já com a Defined.ai estabelecida no mercado e com algumas passagens pelo palco principal da Web Summit para mostrar o seu caso de sucesso, Daniela Braga venceu a primeira edição do prémio João Vasconcelos, que destaca o melhor empreendedorismo de startups a nível nacional.
Em 2021, foi nomeada como membro da taskforce de research em Inteligência Artificial do presidente norte-americano, Joe Biden. Nesse mesmo ano recebeu o prémio de Personalidade do Ano por parte da Câmara do Comércio Americana em Portugal, isto depois de ter sido a única portuguesa na lista “Agile 50” da Apolitical.
Mais recentemente, em 2023, foi destacada por um artigo da Forbes internacional como uma das possibilidades para integrar o conselho de administração da OpenAI, dona do ChatGPT, ao lado de outra portuguesa: Manuela Veloso, presidente do departamento de Inteligência Artificial do JP Morgan.
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