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Banco Montepio passa de prejuízos a lucros nos primeiros nove meses

O aumento do produto bancário e redução das imparidades e provisões ajudaram o banco a alcançar lucros de 96,1 milhões nos primeiros nove meses do ano. No mesmo período do ano passado, tinha registado prejuízos de 21 milhões.
4 Novembro 2024, 08h28

Os lucros do Banco Montepio passaram de prejuízos a lucros nos primeiros nove meses do ano. O banco liderado por Pedro Leitão obteve um resultado positivo de 96,1 milhões de euros, que compara com prejuízos de 21 milhões de euros no mesmo período do ano passado.

“A evolução positiva dos resultados foi determinada pelo incremento do produto bancário (mais 2% em termos homólogos), pela redução das Imparidades e provisões (menos 50,7% em termos homólogos) e pelo efeito da desconsolidação do Finibanco Angola inscrito nas contas de 2023”, explica o Banco Montepio num comunicado divulgado esta segunda-feira na CMVM.

O produto bancário cresceu apesar de a margem financeira ter recuado 1,7% para 296 milhões de euros. “Com efeito, pese embora a evolução dos juros do crédito a Clientes, induzido pelo comportamento favorável do crédito e pelo efeito do repricing dos contratos, e dos juros resultantes das aplicações efetuadas em títulos e do excesso de liquidez depositado no Banco de Portugal, ainda assim, não foi possível compensar a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e o custo do financiamento via mercado de capitais”, de acordo com o banco.

Neste período, as comissões líquidas totalizaram 95,6 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, em linha com 95,5 milhões de euros registadas no período homólogo de 2023.

Os resultados em operações financeiras foram negativos em 3,5 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, “evidenciando, todavia, uma evolução favorável de 11,8 milhões face ao valor apurado no período homólogo de 2023, devido aos melhores resultados de reavaliação cambial que compensaram os menores resultados da carteira de títulos e dos instrumentos derivados (de cobertura) líquidos do justo valor de ativos e passivos financeiros”.

Os custos operacionais cresceram para 202,4 milhões de euros nos primeiros nove meses, face a 198,8 milhões no período homólogo. Uma subida de 1,8% que traduz as subidas dos gastos gerais administrativos e das depreciações e amortizações em 5,5 milhões e 5,3 milhões, respetivamente, que foram parcialmente mitigadas pela descida de 7,2 milhões dos custos com pessoal, detalha o banco.

O valor líquido do agregado imparidades e provisões fixou-se em 21,9 milhões de euros nos primeiros nove meses de 2024, o que traduz uma redução em 22,5 milhões de euros face ao período homólogo. A imparidade de crédito totalizou 11,2 milhões de euros, em comparação com 32,9 milhões no mesmo período do ano passado. O custo de risco é de 0,1%, face a 0,4% no final do ano anterior.

O crédito a clientes (bruto) aumentou 1,6% para quase 12 mil milhões de euros, num período em que houve uma redução das exposições não produtivas (NPE) em 174 milhões de euros, com o rácio de NPE a situar-se nos 2,6%.

Já os depósitos de clientes cresceram 8,9% para 14,6 mil milhões de euros, com o segmento de particulares a representar 71% do total.

Em termos de rácios de capital, o rácio CET1 aumentou em 0,6 pontos percentuais para 15,8% nos primeiros nove meses do ano, face ao período homólogo.

Notícia atualizada

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