O presidente da Câmara de Loures, Ricardo Leão, demitiu-se da Federação da Área Urbana de Lisboa (FAUL) do Partido Socialista. A demissão acontece depois das declarações polémicas sobre a permanência de cidadãos com registo criminal em habitações sociais, depois da morte de Odair Moniz, baleado pela polícia na Cova da Moura.
O pedido de demissão surge também após o artigo de opinião assinado por António Costa, José Leitão e Pedro Silva Pereira no jornal “Público”, que vai contra a defensa deste autarca por parte de Pedro Nuno Santos, que considerou que o autarca teve um “mau momento”.
“Entendi ser esta a melhor decisão para me focar no meu trabalho na Câmara Municipal de Loures e prevenir que o Partido Socialista seja prejudicado por uma polémica criada pela descontextualização de uma recomendação aprovada por 64% dos vereadores da Câmara Municipal de Loures. Rejeito a associação entre criminalidade e imigração, que nunca fiz, nunca farei e que, isso sim, é atentatório dos valores humanistas do socialismo democrático e internacionalista”, apontou Ricardo Leão, em comunicado.
Ricardo Leão vai, no entanto, manter o cargo de autarca em Loures.
“Continuarei a trabalhar no exercício do meu mandato popular como presidente da Câmara Municipal de Loures, como sempre empenhado na aplicação dos princípios do socialismo democrático e do humanismo que coloca as pessoas, em especial os mais desprotegidos, as mulheres e as crianças, no centro da ação política e das políticas públicas com direitos e deveres iguais para todos e todas”, sustentou.
Desta forma, Ricardo Leão abandona a liderança do órgão máximo do partido na região de Lisboa, isto depois de ter conquistado as eleições internas com 97% dos votos.
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