O fundador e CEO da Web Summit disse hoje que o evento quer continuar em Lisboa, para lá do fim do atual contrato em 2028.
Apesar da vontade, o contrato não está fechado e as conversações com as autoridades portugueses vão continuar.
Um dos pontos cruciais é o espaço ou a falta dele na FIL. A Web Summit quer crescer em espaço, mas já ocupa toda a área da FIL na capital portuguesa.
“Apenas estamos a pensar na edição de 2024. Espero que fiquemos aqui para sempre. A Web Summit fica bem em Lisboa”, começou por dizer hoje em conferência de imprensa.
“Viemos em 2016, e alguns jornalistas de tecnologia criticaram porque, aparentemente, Lisboa era pouca séria. Mas nos últimos nove anos Lisboa transformou-se e a Web Summit possivelmente desempenhou um pequeno papel”, acrescentou.
“Há um novo Governo em Portugal. Foi a primeira oportunidade” de estarem presentes no evento. “Foi uma oportunidade fantástica”, resumiu.
Sobre o desempenho financeiro, disse que as receitas este ano cresceram para um nível “recorde”, tendo subido 30%, com o lucro entre os 4-5 milhões de euros e o EBITDA entre os 10-11 milhões de euros.
Questionado sobre a ausência de grandes tecnológicas do evento, depois da polémica em 2023 pelas suas declarações sobre a invasão de Gaza pelo exército israelita, respondeu que todas as “big tech estão aqui”, apontando para a ausência da Intel e da Volkswagen porque estão com “grandes problemas”. Durante a conferência de imprensa foi questionado várias vezes pela atual situação humanitária em Gaza, mas rejeitou fazer comentários.
Na conferência de imprensa, destacou ter estado reunido com vários ministros de países africanos nos últimos dias. “Seria excelente ir para África”, disse sobre a possibilidade de um evento no continente africano.
Sobre a hipótese da Ásia, afirmou que tem estado em contacto com os governos de Singapura, Japão e da Coreia do Sul, admitindo realizar vários eventos em países diferentes por a Ásia “ser tão grande”.
O gestor também apontou que um dos impactos de realizar a Web Summit no Brasil é que mais companhias canarinhas estão presentes no evento de Lisboa. “Talvez já hajam aqui mais startups brasileiras do que portuguesas”.
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