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Sonae com lucros a crescerem 11% para os 149 milhões de euros

Forte crescimento dos investimentos, ganhos de quota e reforço da internacionalização nos primeiros nove meses de 2024 explicam um balanço considerado muito positivo pelo grupo.
CEO da Sonae
13 Novembro 2024, 19h18

O resultado líquido atribuível aos acionistas do grupo Sonae cresceu 11% para 149 milhões de euros no final dos primeiros nove meses do ano, face aos 1354 milhões de igual período do ano passado, “refletindo a robusta performance operacional dos negócios, os fortes investimentos realizados e o crescente reforço da internacionalização”.

Em comunicado enviado ao regulador do mercado, o grupo adianta ainda que o volume de negócios consolidado aumentou 15%, para sete mil milhões de euros no período de em referência, “impulsionado pelo crescimento dos negócios de retalho, que reforçaram as suas posições de liderança, e pela inclusão no portefólio da nórdica Musti e espanhola Druni”. O EBITDA consolidado cresceu 22%, para 706 milhões de euros, “beneficiando do sólido desempenho dos negócios de retalho e de telecomunicações, e da integração dos novos negócios”. O investimento consolidado totalizou o valor recorde de 1,6 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, “incluindo a expansão orgânica dos negócios e as recentes aquisições estratégicas”.

O grupo salienta que “concretizou a combinação da Druni e Arenal, tornando a MC líder no mercado ibérico de saúde, beleza e bem-estar, depois ter concretizado com sucesso a OPA sobre a Musti, empresa líder de mercado no retalho de produtos para animais de estimação nos países nórdicos, e a aquisição de uma participação de 89,1% na BCF Life Sciences, empresa francesa de ingredientes para a indústria da nutrição”.

Cláudia Azevedo, CEO da Sonae, refere, citada pelo comunicado, que “a Sonae continua a demonstrar um crescimento robusto em todos os negócios do grupo. Fortalecemos as nossas posições competitivas nos principais mercados em que atuamos, acelerando a nossa evolução digital e fazendo progressos constantes nos nossos compromissos ESG. O nosso desempenho sólido nos principais negócios, combinado com os contributos dos investimentos recentes, resultou num aumento homólogo de 15% das receitas consolidadas, atingindo 7 mil milhões de euros, e num crescimento de 22% do EBITDA consolidado, que alcançou 706 milhões de euros nos primeiros 9 meses de 2024”.

O investimento consolidado da Sonae ascendeu a 1,6 mil milhões de euros nos últimos 12 meses, com o investimento em aquisições desde o início do ano a atingir 1.071M€. Nos primeiros nove meses do ano o Grupo investiu no reforço da internacionalização do portefólio com a aquisição de participações de controlo na Musti, na Arenal/Druni e na BCF Life Sciences, entre outras, e prosseguiu a sua aposta no mercado português, com destaque para expansão e remodelação do parque de lojas da MC.

A Sonae prosseguiu a sua política de responsabilidade social corporativa nos primeiros 9M24, tendo reforçado o apoio à comunidade para 24,2M€, mais meio milhão de euros do que nos primeiros nove meses de 2023. O grupo continuou empenhado no apoio social às famílias, realizando doações de alimentos a instituições que apoiam famílias em todo o país.

No âmbito da sua estratégia ESG e do compromisso com a comunidade na área da educação e a requalificação ao longo da vida, a Sonae foi promotora da inovadora plataforma “NCN – New Career Network by R4E”, lançada em Portugal e Espanha e que vem ajudar a colmatar a necessidade de requalificação dos europeus, juntando no mesmo local candidatos, empregadores e entidades formadoras. O programa PRO_MOV, liderado pela Sonae, continuou a captar parceiros e lançou novos cursos para promover a requalificação dos portugueses para os empregos de futuro, reunindo Estado, associações e mais de uma centena de empresas.

No retalho alimentar, a MC continuou a apresentar um forte desempenho operacional e financeiro no 3T24, lidando com um contexto altamente competitivo tanto no segmento alimentar como no de saúde, bem-estar e beleza (SBB). A conclusão da fusão entre a Druni e a Arenal foi um marco importante no trimestre, posicionando a MC como líder do mercado ibérico em SBB e reforçando a sua estratégia de crescimento a longo prazo em Portugal e Espanha.

O volume de negócios atingiu 2.099M€ no 3T e 5.384M€ nos 9M24, suportado pelos formatos resilientes da MC e impulsionado pelo contributo da transação da Druni. Numa base comparável, o volume de negócios cresceu 6,3% no 3T e 7,3% desde o início do ano, evidenciando a capacidade da MC de impulsionar o crescimento de volumes e reforçar a sua quota de mercado num ambiente altamente competitivo. No retalho alimentar, a MC manteve um crescimento sólido de vendas com volumes crescentes em todos os formatos, enquanto o segmento de SBB manteve uma dinâmica forte. A expansão continuou a ser uma prioridade no 3T, com 8 novas lojas no setor alimentar em Portugal e uma presença no segmento de SBB que agora supera 770 locais em toda a Península Ibérica.

No futuro, a MC mantém-se focada em fortalecer as suas posições de mercado tanto no setor alimentar como no de saúde, bem-estar e beleza (SBB) e em executar uma ambiciosa estratégia de investimento em toda a Península Ibérica. O forte desempenho da empresa destaca a sua resiliência e capacidade de adaptação a mercados altamente competitivos, enquanto continua a investir no crescimento.

No retalho de eletrónica, a Worten demonstrou um crescimento sólido no 3T24, com um aumento nas vendas de 7,9% em termos homólogos, alcançando 348M€. Nos primeiros 9M24, o volume de negócios atingiu 942M€, um aumento de 7% em termos homólogos, com um crescimento LfL de 3,5%. Este desempenho positivo foi alcançado apesar de um mercado competitivo. O crescimento foi impulsionado principalmente pelo forte dinamismo no canal online, onde as vendas subiram 18% no trimestre e 15% nos 9M, representando agora cerca de 16% do total de vendas. O canal offline também registou crescimento, reforçando a força da estratégia omnicanal da Worten. A Worten continuou a crescer nas suas categorias principais de produtos (eletrónica e eletrodomésticos) e em novas áreas de crescimento (oferta de serviços e novas categorias de produtos), aproveitando o seu marketplace e serviços complementares. A iServices manteve a sua trajetória de expansão e crescimento, com a abertura de 25 novas lojas desde o início do ano, 16 das quais fora de Portugal, terminando o trimestre com 80 lojas em Portugal, Espanha (Ilhas Canárias), França e Bélgica.

Nos cuidados para animais, a Musti reportou que, no período de 1 de julho a 30 de setembro, as vendas cresceram 1%, alcançando 112M€, impulsionadas pelo forte desempenho no canal online, com um aumento nas vendas LfL em relação ao trimestre anterior. Apesar do contexto macroeconómico desafiante nos países nórdicos, o EBITDA ajustado atingiu 16,5M€, representando uma margem de 14,8%.

No setor imobiliário, no 3T24, a Sierra manteve um crescimento forte e resiliente em todo o seu portefólio de centros comerciais europeus, continuou a executar a sua estratégia na área dos serviços e fez progressos significativos na sua carteira de projetos existente. O portefólio europeu de centros comerciais da Sierra continuou a demonstrar um forte dinamismo nos 9M24, com o 3T24 a seguir a mesma tendência, registando-se um crescimento LfL de 5,2% nas vendas dos lojistas, com as taxas de ocupação a manterem-se elevadas, em 98%. No segmento dos serviços, a Sierra continuou a implementar a sua estratégia de diversificação, reforçando os veículos existentes com novas aquisições e perseguindo novas oportunidades de investimento alinhadas com a estratégia de expansão da empresa. A atividade de desenvolvimento manteve-se robusta, com progressos constantes em cinco projetos em construção e uma execução bem-sucedida das suas estratégias de comercialização. No final dos 9M24, o resultado líquido aumentou para 65M€ (+19,8% em termos homólogos), impulsionado principalmente pelo sólido dinamismo no portefólio europeu de centros comerciais, melhores resultados nas vendas de propriedades e avaliações mais favoráveis ao nível do resultado indireto.

Nas telecomunicações, a NOS aumentou a sua quota de mercado, com receitas consolidadas a crescer 6,1% em termos homólogos, impulsionadas por um aumento de 6,3% em telecomunicações e por um forte desempenho nos negócios de exibição cinematográfica e audiovisuais. A melhoria da eficiência operacional contribuiu para um crescimento de 6,3% do EBITDA consolidado, atingindo os 213M€, com uma margem de 49,2% (+0,1 p.p. em termos homólogos). Para as contas consolidadas da Sonae, os resultados pelo método de equivalência patrimonial da NOS atingiram 17,7M€ no 3T24 e 70,9M€ nos 9M24.

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