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‘Tubarão’ Mário Ferreira aumenta participação na mina de lítio de Boticas

Ficou conhecido do grande público no programa ‘Shark Tank’, e tem estado focado no negócio dos cruzeiros e dos media, mas sobe a aposta no lítio e na transição energética.
Mário Ferreira
20 Novembro 2024, 08h58

Mário Ferreira aumentou a sua participação no projeto da mina de lítio de Boticas, no distrito de Vila Real. O empresário dono da TVI e dos cruzeiros Douro Azul passa agora a controlar 10% do capital da companhia sediada no Reino Unido e cotada na bolsa de Londres.

Tornou-se conhecido do grande público no programa Shark Tank e ganhou a alcunha de ‘tubarão do Douro’ à boleia dos cruzeiros fluviais neste rio, mas já se expandiu para os mares de todo o mundo com a Mystic Cruises. Agora, Mário Ferreira aposta na fileira do lítio e na transição energética.

O projeto prevê a criação de 300 empregos diretos e entre mil a dois mil indiretos na região, segundo a empresa. A produção está prevista arrancar em 2027.

“Num contexto cada vez mais desafiante e de maior complexidade, sobre a capacidade das nossas economias e as nossas empresas, responderem às necessidades crescentes de autossuficiência energética, com recurso acrescido a fontes de energia renováveis e potenciadoras de reduções de emissões de gases de estufa, entendemos que assume também especial criticidade, a forma como não só produzimos, mas também como armazenamos a energia”, disse em comunicado o empresário.

“Tendo igualmente presente o compromisso europeu nesta matéria, com o objetivo de prosseguirmos o caminho de reduzir substancialmente a dependência de fontes de abastecimento fora do espaço europeu, e sendo Portugal um dos países que, no espaço europeu, maior nível de recursos dispõe para este efeito, nomeadamente as suas comprovadas jazidas de lítio, entendemos ser nosso dever contribuir para este desiderato comum, assumindo um papel ativo no desenvolvimento desta cadeia de valor, a partir de Portugal”, acrescentou.

“É neste sentido que entendemos ser parte integrante deste processo irreversível, no qual pretendemos continuar a dar o nosso contributo para uma economia cada vez mais sustentável, em todas as suas frentes, razão pela qual, e depois de um criterioso processo de avaliação, entendemos ser a Savannah Resources, o parceiro com o qual pretendemos corporizar este nosso compromisso com o ambiente e a Sociedade”, rematou o empresário.

Desta forma, passou a ser o terceiro maior acionista da empresa e o maior a título individual.

“A Savannah também se tem tornado cada vez mais portuguesa e mais próxima da região em que desenvolve o seu projeto. É com orgulho que registamos um interesse cada vez maior de investidores portugueses – já acima de 25 investidores diferentes com quem temos contacto direto, além de certamente muitos outros investidores de retalho. A Savannah é cada vez mais portuguesa no terreno também, sendo que a sua contribuição para a economia e também para os esforços Europeus de transição energética é cada vez mais clara”, disse em comunicado, por sua vez, Emanuel Proença, CEO da Savannah.

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