O Novobanco e o Fundo de Resolução chegaram a um acordo para o fim antecipado do mecanismo de capitalização contingente, aguardando agora por uma decisão das Finanças. Mark Bourke, CEO do banco, garante que o fim pode acontecer a qualquer momento, o que abrirá a porta ao pagamento de dividendos e à oferta púbica inicial (IPO, na sigla em inglês) no próximo ano.
“Temos estado a preparar o banco para a próxima etapa. Em termos de desempenho e rentabilidade do banco, está pronto para um IPO”, disse o responsável na conferência “Banca do Futuro” organizada esta terça-feira pelo “Jornal de Negócios”, num painel que contou com a presença dos presidentes executivos dos cinco grandes bancos nacionais.
Para avançar com esta operação “temos de fechar o CCA, libertar o capital em excesso”, reafirmou Mark Bourke que tem sublinhado as vantagens para ambos os lados, o banco e os acionistas, de um fim antecipado do mecanismo que permitiu injetar vários milhares de milhões no Novobanco. Uma decisão que está nas mãos do Ministério das Finanças, depois de o banco e o Fundo de Resolução terem chegado a um acordo sobre este tema.
“Estou muito otimista. Não posso dizer mais nada”, disse o CEO do Novobanco quando questionado quando é que este mecanismo deverá terminar. Sem avançar detalhes, afirmou apenas que o “fecho do CCA está iminente”.
Mark Bourke tem estado em roadshow nas últimas semanas para preparar o IPO do Novobanco, não só pela Europa, mas também nos EUA e na Arábia Saudita, tendo realizado quase duas centenas de reuniões.
“Não terminei uma única reunião [com investidores] das mais de 180 que tive em que as pessoas no final não mostrassem interesse em Portugal”, afirmou o responsável, num cenário em que “a economia portuguesa está bem colocada” e em que os “bancos estão a funcionar bem”.
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