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Alemanha: Conservadores devem vencer, mas coligação com social-democratas está em cima da mesa

Sociais-democratas e Verdes defendem o alívio do travão da dívida, com os conservadores a deixarem a questão em aberto, mas uma minoria de bloqueio no Parlamento alemão poderá travar a reforma.
Alemanha
People ride bikes on a road in front of Brandenburg Gate, on an autumn day, in central Berlin, Germany, November 14, 2022. REUTERS/Lisi Niesner
18 Dezembro 2024, 10h25

Os conservadores do CDU/CSU deverão vencer as eleições federais na Alemanha, marcadas para 23 de fevereiro. A previsão é do Goldman Sachs cujo modelo teve em conta diversas sondagens.

O modelo aponta para uma probabilidade de 88% de uma vitória do CDU/CSU, mas a possibilidade de uma grande coligação com os social-democratas do SPD está em cima da mesa, com uma probabilidade de 50%. Segue-se a possibilidade de uma coligação negra-verde, isto é, entre o CDU/CSU e os Verdes.

O banco norte-americano recorda que os maiores partidos vão divulgar hoje os seus manifestos. O CDU/CSU defende a redução de impostos para empresas e famílias, uma reforma dos gastos sociais e controlos para a imigração. Já o SPD está a focar-se em reduzir os impostos aos cidadãos com menores rendimentos, ajuda à indústria, um fundo de 100 mil milhões de euros para construir/remodelar infraestruturas e a subida do salário mínimo.

Os Verdes prometem mais subsídios ao investimento, preços da eletricidade mais baixos, subsídios às pessoas com menores rendimentos para pagarem a subida da fatura que tenha sido inflacionada por questões climáticas.

Tanto o SPD como os Verdes propõem o alívio do travão da dívida, consagrado na Constituição alemã, e que limita o défice orçamental a 3%. O objetivo é aumentar o investimento por parte do sector público para promover o crescimento da economia alemã. Já o CDU/CSU deixam em aberto a possibilidade de fazer uma reforma ao travão.

Uma das preocupações entre os investidores é que uma minoria de bloqueio no Parlamento trave mudanças constitucionais, que requerem uma maioria de dois terços.

O modelo do Goldman Sachs conclui que existe 33% de possibilidade de esta minoria ser formada a partir dos liberais do FDP, que poderão atingir os 5% necessários para entrar no Parlamento e se o Die Linke de extrema-esquerda irá apoiar esta reforma.

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