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CTT dispara e lança Lisboa para o verde em dia de perdas europeias

A parceria dos Correios de Portugal com a DHL levantou os ânimos em Lisboa, com as ações da cotada nacional a valorizarem mais de 10%. Lá fora, porém, o dia foi de perdas expressivas, após o discurso do presidente da Fed, Jerome Powell.
bolsa de Lisboa mercados
19 Dezembro 2024, 17h18

As bolsas europeias registaram perdas acentuadas na sessão desta quinta-feira, em reação à decisão da Fed. Ainda assim, por cá o índice de referência ficou acima da linha d’água, a beneficiar do disparo das ações dos CTT.

O PSI subiu 0,09% e alcançou os 6.300 pontos, com o destaque a pertencer aos CTT, cuja cotação de mercado subiu 10,59% e alcançou os 5,17 euros por ação. Em causa está uma parceria assinada entre a empresa portuguesa e a DHL, destinada ao e-commerce.

Em simultâneo, a Jerónimo Martins adiantou-se 0,88% e atingiu os 18,35 euros. Por outro lado, os títulos da EDP Renováveis caíram 1,99% e ficaram-se pelos 9,63 euros, ao passo que a EDP contraiu 1,33% e ficou-se pelos 3,118 euros. A Mota-Engil contraiu 1,15%, até aos 2,756 euros.

Lá fora, os investidores reagiram com desilusão ao discurso de Jerome Powell que acompanhou o novo corte de 25 pontos base nas taxas de juro de referência da Reserva Federal, esta quarta-feira. O presidente da Fed sublinhou que continuam a existir riscos associados à taxa de inflação.

Entre os mais importantes índices, há perdas de 1,84% em Itália, 1,58% no índice agregado Euro Stoxx 50, 1,51% em Espanha, 1,39% na Alemanha, 1,23% no Reino Unido e 1,22% em França.

“As bolsas europeias viveram uma sessão negativa, arrastadas pelas quedas expressivas de ontem em Wall Street, em reação às declarações de política monetária e perspetivas da Fed”, pode ler-se na análise do departamento de Mercados Acionistas do Millenium Investment Banking.

“Apesar de ter agido como esperado e ter cortado a taxa de juro dos EUA em 25 pontos base, o Banco Central norte-americano deu projeções mais pessimistas para a inflação, antevendo assim menos cortes de juros em 2025”, apontam os analistas.

“A comunicação elevou as yields de dívida soberana e isso castiga setores mais ciclos, como o Tecnológico.  Adicionalmente, a Micron mostrou fracas projeções e arrastou empresas ligadas à indústria de chips e semicondutores”, acrescenta-se.

Em Lisboa, “o PSI quase escapou à correção, à boleia do disparo de 10,6% dos CTT, após ter anunciado uma parceria ibérica com a DHL”, de acordo com a mesma análise.

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