O novo presidente executivo da EDP e da EDP Renováveis garante que a elétrica vai continuar muito atenta a possíveis investimentos em Portugal na área das energias e gases renováveis.
Apesar da empresa ir anunciar o novo plano estratégico até 2025 em breve, até ao final do primeiro trimestre, o gestor aponta que investimentos em Portugal vão fazer parte do roteiro da EDP.
“Temos uma estratégia global para tudo o que seja transição energética, e obviamente que o solar e hidrogénio fazem parte dessa iniciativa de descarbonização da economia. É um desígnio politico em Portugal, na Europa e nos Estados Unidos”, começou por dizer Miguel Stilwell de Andrade em conferência de imprensa esta terça-feira, 19 de janeiro.
“Relativamente ao solar e hidrogénio em Portugal, obviamente que estamos sempre disponíveis para analisar oportunidades que possam existir de investir. Temos todo o gosto de investir em Portugal, imagino que sejamos ainda o maior português em Portugal, nomeadamente através da área de distribuição, e também através do projeto solar que temos que ganhamos no leilão de 2019”, afirmou o novo presidente executivo da EDP.
“Continuaremos a analisar oportunidades que possam surgir neste âmbito em Portugal, mas também noutras geografias”, declarou Miguel Stilwell de Andrade.
Miguel Stilwell de Andrade obteve 99,8% de votos favoráveis. Do total de acionistas, quase 74% marcaram presença na AG extraordinária que teve lugar esta terça-feira e que marcou o fim da presidência de António Mexia que esteve 15 anos no cargo.
A sua equipa vai ser constituída por Miguel Setas (líder da EDP Brasil), Rui Teixeira (líder da EDP Espanha e presidente interino da EDP Renováveis), Vera Pinto Pereira (líder da EDP Comercial) e Ana Paula Marques, que saiu do conselho de administração executivo da NOS para a EDP. Resta saber agora como é que vão ser distribuídas as competências entre os diferentes administradores até 2023.
A China Three Gorges é a maior acionista da EDP, com 19,03%. Seguem-se os espanhóis da Oppidum Capital com 7,20%, sociedade detida em 55,9% pela Masaveu Internacional, SL., com os restantes 44,1% detidos pelo Liberbank, e os norte-americanos do fundo Blackrock com 5,06%. Depois, na quarta posição surgem os noruegueses do Norges Bank (2,95%), seguidos do Alliance Bernstein (2,68%), dos argelinos do Sonatrach (2,19%) e da Qatar Investment Authority (2,09%).
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