Bruxelas vai lançar na próxima semana um plano que visa estimular a competitividade industrial na União Europeia, num valor estimado pelo relatório Draghi de 800 milhões de euros para que o “Velho Continente” não perca a corrida contra os Estados Unidos e a China, informa o “El Economista” esta quarta-feira.
Esta medida insere-se num dos compromissos para os primeiros 100 dias do mandato de Ursula von der Leyen na nova legislatura da UE, designada por Bússola da Competitividade e será lançado a 15 de janeiro, acompanhado pela publicação do relatório anual sobre o mercado único.
Esta Bússola da Competitividade vai ser assente em três pilares delineados por Mario Draghi, no seu relatório sobre a competitividade europeia: colmatar o fosso da inovação com os EUA e a China, um plano conjunto de descarbonização e aumentar a segurança reduzindo as dependências ao nível do fornecimento.
O valor de 800 milhões de euros levará a um aumento do investimento anual no setor industrial para 5% do Produto Interno Bruto da União Europeia.
Este plano passa pela promoção e criação de startups e de um tecido industrial inovador na Europa, numa altura em que as empresas recorrem cada vez mais ao mercado dos EUA em busca de financiamento.
A competitividade industrial é vista como um elemento fundamental para a Europa, até porque os Estados Unidos e a China têm vindo a fornecer subsídios às suas respetivas indústrias verdes para aumentar a sua competitividade e expansão.
Como tal, a 26 de fevereiro, a Comissão Europeia vai apresentar a segunda fase do ‘acordo verde’ para a ‘indústria limpa’, numa tentativa de traduzir em ações práticas as bases criadas nos últimos cinco anos.
A terceira etapa deste plano é a segurança económica, onde a UE vai procurar diversificar a sua cadeia de abastecimento para evitar a dependência excessiva de um único parceiro comercial.
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