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Turismo nacional pode gerar receitas de 6,5 milhões de euros em 2025

Valor é antecipado por especialistas do setor que participaram na 72ª edição do Barómetro do Turismo, elaborado pelo IPDT. Mais de metade dos inquiridos apontam ainda para um total entre 30,1 e 33 milhões no número de hóspedes.
9 Janeiro 2025, 17h48

Os dados da 72ª edição do Barómetro do Turismo, elaborado pelo IPDT – Instituto de Planeamento e Desenvolvimento do Turismo, revelam um futuro promissor para o turismo em Portugal, com expectativas de crescimento robusto até 2025.

Os profissionais do setor preveem um aumento significativo em vários indicadores, embora reconheçam também a existência de desafios que requerem atenção estratégica.

Em relação ao número de hóspedes, 56% dos especialistas consultados esperam que os valores atinjam entre 30,1 e 33 milhões em 2025. Quanto às dormidas, o otimismo é ainda mais acentuado, com 78% a projetarem um total que varia entre 75,1 e 81 milhões.

Esses números não apenas refletem uma crescente procura, mas também a possibilidade de estadias mais longas.

Para os proveitos globais, 80% dos inquiridos preveem receitas entre 5,6 e 6,5 mil milhões de euros.

Os fatores que podem contribuir positivamente para o desenvolvimento do turismo em 2025 incluem, em primeiro lugar, a melhoria da oferta e serviços, indicada por 44% dos profissionais.

A segurança e a estabilidade política foram mencionadas por 42%, enquanto 36% destacaram a necessidade de modernização das infraestruturas e da mobilidade aérea.

Apesar do cenário otimista, o setor enfrenta desafios críticos. A escassez de recursos humanos qualificados é vista como o maior desafio por 51% dos inquiridos. A inflação e o aumento dos preços são preocupações para 40%, enquanto 33% apontam a recessão económica e a conjuntura internacional como obstáculos. A instabilidade geopolítica é mencionada por 29%, destacando a vulnerabilidade do setor a fatores externos.

Os especialistas também enfatizam a importância de combater a desinformação relacionada ao “overtourism”, um tema que ganha destaque em alguns destinos nacionais. Cerca de 80% dos profissionais consideram essa questão “importante” ou “muito importante”, e 58% defendem que a prioridade deve ser o combate à desinformação, através de estratégias de comunicação mais claras e acessíveis.

A sensibilização das comunidades locais e a descentralização do turismo também foram sugeridas como ações necessárias.

Para manter a competitividade de Portugal como destino turístico, os profissionais sublinham a importância de uma promoção turística direcionada e a diversificação da oferta, ambas mencionadas por 19% dos inquiridos.

A melhoria das condições de trabalho e a formação de recursos humanos qualificados foram consideradas essenciais para enfrentar a escassez de profissionais no setor.

Por fim, os membros do Barómetro do Turismo identificaram as principais tendências que moldarão a experiência dos viajantes em 2025. As viagens personalizadas e à medida foram apontadas como a principal tendência (63%), seguidas pela busca por experiências culturais autênticas (60%). A segurança, um fator essencial na escolha de destinos, foi referida por 30% dos especialistas.

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