PIB da zona euro deve crescer 1,2% em 2025

O Produto Interno Bruto (PIB) da zona euro deverá registar uma expansão de 1,2% este ano, um valor ligeiramente superior ao do ano anterior, segundo as perspetivas económicas do Crédito Y Caución.

É estimado que a zona euro mantenha uma recuperação económica, contudo, estas previsões representam um corte de seis décimas em relação às anteriores, como reflexo da evolução da economia alemã e das dificuldades do seu setor transformador.

Segundo as perspetivas, a Irlanda é a que deve registar o maior crescimento no PIB, de 4%, seguida da Espanha, com 2,4%, Grécia, com 2%, Portugal, com 1,9%, Países Baixos, com 1,3% e Bélgica, com 1,2%. Já a restante zona euro deverá apresentar um crescimento inferior a 1%.

É esperado que a recuperação do consumo e o maior dinamismo das exportações elevem o crescimento desta região para 1,5% em 2026, contudo, “o crescimento continuará a registar uma moderação a médio prazo devido ao envelhecimento da população, à falta de competitividade, à rigidez dos mercados de trabalho e aos elevados níveis de dívida soberana em alguns mercados”, revelam as perspetivas.

Os dados económicos mostram que o indicador PMI (Purchasing Managers Index) da indústria está em contração, enquanto o índice de serviços está mais próximo da neutralidade.

Já sobre a inflação, a seguradora aponta que esta pode sofrer alguns aumentos nos próximos tempos, mas é esperado que continue a diminuir, devido à “flexibilização dos custos laborais e da política monetária, para 1,5% no conjunto de 2025, seguido de 1,7% em 2026”.

Nas principais economias da zona euro, este indicador deverá ficar abaixo dos 2%, em 2025, enquanto nos Países Baixos deverá manter-se superior a 2%. Com estas previsões, o relatório aponta que o Banco Central Europeu (BCE) deverá realizar várias reduções das taxas de juro durante este ano.

Sobre o emprego, as perspetivas apontam para que haja um menor crescimento em 2025, no entanto isto não se traduz numa deterioração grave do mercado de trabalho. O relatório revela que a taxa de desemprego deverá ficar nos 6,4% em 2025 e 2026.

O investimento fixo na zona euro deve crescer 2,1% este ano e no próximo, devido à “flexibilização das condições de crédito e à desalavancagem financeira do setor empresaria”.