A Quintela e Penalva/Knight Frank, consultora imobiliária especializada no segmento luxo, revela que no ano passado, 7,5% dos seus clientes foram cidadãos norte-americanos, e a mediadora prevê, em 2025, pelo menos duplicar este valor.
A previsão de crescimento é de Jorge Costa, COO da imobiliária portuguesa parceira da Knight Frank que organizou uma conferência na passada quinta-feira sobre “O fluxo de investidores norte-americanos em Portugal”.
Se o crescimento do turismo norte-americano em Portugal já está a ter impacto direto na compra de casas, a oferta, por seu turno, também se está a adaptar a esta procura, defende a empresa liderada pro Francisco Quintela em comunicado.
A Quintela e Penalva destaca que as novas construções têm estado a adaptar-se ao “gosto” americano. Casas modernas, cozinhas amplas e com ilhas, frigorífico de grandes dimensões e a inclusão de diferentes “amenities”, como ginásio ou piscina, são as novas tendências que vieram para ficar.
A empresa liderada por Francisco Quintela, em comunicado, lembra que no primeiro semestre de 2024, os norte-americanos foram a nacionalidade estrangeira que mais comprou casa em Portugal – segundo os dados mais recentes do Confidencial Imobiliário, desde 2018 que estão no top 5 das nacionalidades que mais investem no país.
“A atração em causa deve-se, em grande parte, à explosão de conhecimento sobre o nosso país nos EUA, realidade impulsionada nos últimos anos pela criação de rotas diretas e pela aposta dos órgãos de turismo nacionais, tal como assegurou Rodrigo Carvalho, Presidente da Câmara do Comércio de Portugal nos Estados Unidos, e sede em Nova Iorque.
Rodrigo Carvalho, a viver nos EUA há mais de 10 anos, salientou que este é apenas “o princípio do turismo americano em Portugal”.
“Qualidade de vida, acesso a serviços vários, incluindo o SNS, proximidade a outras capitais europeias, segurança, clima, charme, e ainda os resultados das eleições norte-americanas de 2016 e em 2024 foram fatores contributivos para o aumento de procura, segundo Rodrigo Carvalho.
A “ideia romantizada” de Portugal, a identidade do “velho mundo” e o “país boutique” foram também fatores elencados para o crescente interesse dos norte-americanos por Portugal.
“O plano de 2025 da Quintela + Penalva | Knight Frank assenta e aposta sobretudo neste mercado, visto como tendo grande potencial de crescimento nos próximos anos”, acrescenta a empresa liderada por Francisco Quintela que lembra que “em 2023 foram feitas 209 transações de imóveis por clientes norte-americanos em território nacional, segundo o Confidencial Imobiliário, e só no primeiro semestre de 2024 o número corresponde a 107 imóveis. Estes e outros valores ilustram que Portugal está no radar”.
Não é no entanto possível “definir um padrão de cliente ou tendências de compra”, segundo Marcos Drummond, diretor comercial da VIC Properties, dona do Prata Riverside Village, em Lisboa.
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