A bolsa de Lisboa acompanhou a recuperação que se viveu na terça-feira entre a maioria das principais congéneres europeias. Depois das perdas expressivas da sessão anterior, associadas a receios referentes às grandes tecnológicas, o sentimento voltou a ser levemente positivo, ao mesmo tempo que os mercados aguardam decisões sobre os juros.
O índice PSI subiu 0,37%, até aos 6.490 pontos, sobretudo em reflexo das valorizações no grupo EDP, apesar da queda forte na cotação da Mota-Engil.
A empresa-mãe avançou 2,64%, até aos 2,999 euros por ação, ao passo que a parceira EDP Renováveis somou 1,60% e alcançou 8,90 euros, em dia de ganhos generalizados no setor. Em simultâneo, a Sonae ganhou 1,23% para 0,904 euros.
Por outro lado, a Mota-Engil marcou a sessão pelos piores motivos, na medida em que os títulos caíram 4,61% para 2,896 euros. Ao mesmo tempo, a Ibersol contraiu 1,45% e ficou-se pelos 8,14 euros nas negociações.
Entre os índices de referência das principais congéneres europeias, Espanha ganhou 1,42% e foi o destaque do dia, com ganhos sobretudo no setor da banca. Prova disto é que o Banco de Sabadell e o BBVA valorizaram perto de 1,50% na sessão.
Também no ‘verde’ ficaram Alemanha e Reino Unido, ao subirem 0,74% e 0,31%, respetivamente. Ao mesmo tempo, o índice agregado Euro Stoxx 50 avançou 0,19%. Em sentido contrário, houve descidas de 0,18% em Itália e 0,12% em França.
As subidas representam algum ânimo dos investidores após a forte queda registada na segunda-feira, ao nível do setor das tecnologias. Em causa o surgimento de um chatboat lançado pela chinesa DeepSeek, que utiliza muito menos chips da Nvidia do que o ChatGPT e envolve um investimento muito menor, ao mesmo tempo que apresenta melhor rendimento.
Após o encerramento dos mercados europeus, a LMVH apresentou os resultados do quarto trimestre de 2024. O grupo francês, dono da marca Louis Vuitton, deu a conhecer uma subida de 1% nas receitas, até aos 23,9 mil milhões de euros. Os investidores vão reagir a partir da abertura desta quarta-feira.
Ainda no mesmo capítulo, as gigantes Meta, Tesla e Microsoft apresentam contas do último trimestre do ano passado esta quarta-feira, após o fecho da sessão em Wall Street. Dia de grande importância para as tecnológicas, na medida em que a neerlandesa ASML também mostra resultados, antes ainda da abertura dos mercados.
O alto grau de expetativa dos investidores prende-se ainda com a reunião da Fed, que termina esta tarde. A generalidade dos analista aponta uma não mexida daquele banco central nas taxas de juro, ainda que o presidente Donald Trump já tenha feito saber que seria a favor de um corte. Recorde-se que, por esta altura, as taxas estão entre 4,25 e 4,50%.
De referir que, na quinta-feira, será a vez do BCE tomar a sua decisão no que diz respeito à política monetária.
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