Não há, em Portugal, uma verdadeira discussão política e social sobre saúde enquanto não se incluírem “objetivos de bem-estar” no debate sobre o Orçamento do Estado. A reflexão foi feita pelo antigo diretor-geral de Saúde, Constantino Sakellarides, no Parlamento, numa audição do Observatório da Fundação para a Saúde.
“Não temos uma discussão social e política sobre a saúde se não mudarmos a natureza da discussão. Quando chegamos ao Orçamento, quais são os objetivos que aparecem? O PIB [Produto Interno Bruto], a dívida e o défice. Se não conseguirmos pôr esses objetivos em conversa com objetivos de bem-estar, não temos uma discussão social capaz de favorecer o desenvolvimento da saúde”, defendeu o médico no final da audição. E, assim sendo, considerou, o debate será sempre “enviesado”.
O ex-diretor-geral da Saúde lamentou que estejamos “sempre limitados às consequências desses constrangimentos europeus” e manifestou-se receoso de que o aumento das despesas militares a nível europeu venha ainda a “acrescentar mais limitações”.
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