Os lucros do Banco Montepio cresceram 81,5 milhões de euros para 109,9 milhões de euros no conjunto do ano passado, quase quadruplicando face a 2023, naquele que é um resultado recorde para a instituição financeira liderada por Pedro Leitão.
“Em 2024, o desempenho financeiro foi determinado por um produto bancário de 499,1 milhões de euros, suportado principalmente pela margem financeira e pelas comissões”, indica o Banco Montepio num comunicado divulgado esta segunda-feira, num “ano marcado por forte dinamismo da atividade comercial e progresso na melhoria da qualidade dos ativos”.
Neste período, a margem financeira alcançou os 384,4 milhões de euros, face a 408,1 milhões no ano anterior. Uma evolução que “foi determinada pelos maiores custos de financiamento com a subida dos juros de depósitos pagos a clientes e com a dívida emitida, que, em ambos os casos, incorporam maiores níveis de captação de recursos, não obstante o crescimento registado ao nível dos juros e rendimentos similares relacionados com o crédito a clientes”. Já as comissões subiram 0,7% para 127,8 milhões de euros.
O banco refere ainda que os resultados de operações financeiras foram positivos em 2,5 milhões de euros em 2024, “evidenciando uma evolução favorável de 29 milhões de euros face ao valor apurado em 2023, devido aos contributos dos resultados de reavaliação cambial, da carteira de títulos e dos instrumentos derivados (de cobertura) líquidos do justo valor de ativos e passivos financeiros”.
Os custos operacionais aumentaram para 281,5 milhões de euros, em comparação com 255,8 milhões de euros em 2023. Os custos com pessoal cresceram 5,6% para 162,3 milhões de euros, enquanto os custos gerais administrativos cresceram 14,9% para 73,7 milhões de euros.
No conjunto do ano passado, o valor líquido do agregado imparidades e provisões atingiu 52,1 milhões de euros, representando uma menor dotação em 13,6 milhões de euros (–20,7%) face ao valor observado em 2023. Já as imparidades para crédito totalizaram 21,8 milhões de euros, abaixo de 49,6 milhões de euros no ano anterior.
O crédito a clientes (bruto) cresceu 3,6% para 12,2 mil milhões de euros, num período em que o rácio de non-performing exposure (que inclui o crédito malparado) recuou para 2,1% face a 3,2% no final de 2023. Nos recursos de clientes, os depósitos aumentaram 11,9% para cerca de 15 mil milhões de euros.
Em termos dos rácios de capital, o rácio Common Equity Tier 1 (CET1) fully implemented fixou-se nos 16%, em linha com o apurado no final de 2023.
Notícia atualizada às 9:30
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